Sábado começa mais um Campeonato Paulista, neste ano com nova roupagem para conciliar datas e aceitar a imposição da televisão que pretende ter clássicos em bom número, pois estes são os únicos jogos que determinam uma boa audiência e portanto satisfazem os patrocinadores.
A formula, já que ninguém faz milagres, é interessante, com os quatro grupos de 5, cada qual tendo um clube grande ( a exceção é o Grupo C onde temos, além do Santos, também a Portuguesa) e todos enfrentando apenas os 15 integrantes dos demais grupos, pois não haverá jogos entre os integrantes de um mesmo grupo. Com isso eliminaram-se datas e chega-se, até 23 de março, à definição dos 8 times (os dois primeiros de cada grupo) que disputarão, em jogo único, as quartas de final. Jogo único também nas semifinais e dois jogos para a final, tudo de acordo com o que a televisão desejava para dar seu ok ao esquema.
Levando-se em consideração que os jogos dos campeonatos estaduais de 2013, de acordo com um estudo da Pluri Consultoria, assinalaram uma redução de público de nada menos que 9%, fechando com a ridícula média de 2.500 espectadores por jogo, pode-se pensar que aqui em São Paulo as coisas possam melhorar.
Se isso não acontecer, será bom ir pensando num campeonato estadual de 12 clubes, turno e returno, todos contra todos, de forma que o melhor forçosamente vencerá, e 4 rebaixados. Assim quem não estiver lutando pelo título provavelmente estará, até as rodadas finais, lutando para não ser rebaixado. É uma formula bem simples, e que fixa em 22 as datas necessárias para sua realização. Mas exatamente por ser muito simples, e não dar jeito de agradar a todos, tem um custo político-esportivo que dificilmente nosso cartolas aceitarão.