Ao ler o título deste comentário, muita gente poderá pensar que neste fim de semana estive vendo jogos de outros campeonatos, não do Paulista que deu a largada com algumas falhas e um futebol que pode ter desagradado a quem esperava maravilhas, apenas pelo fato da folhinha ter mudado ser número, passando de 2013 a 2014.
Eu entendo que este início foi agradável exatamente pelo fato de não ter grandes expectativas quanto ao nível técnico dos jogos e, consequentemente, da presença de público nos estádios. Talvez, em lugar de otimista, a palavra certa seja realista: o que vimos, foi exatamente o que temos, tanto que nenhum clube paulista conseguiu classificar-se para a Libertadores nem fazer um papel brilhante ao longo da temporada. Se a isso somarmos o fato de que as finanças dos clubes não estão em fase favorável e que este primeiro semestre pouco promete em termos de receitas, é natural que ninguém tenha se aventurado em grandes contratações. A exceção que confirma a regra, por sinal, ficando com o Santos que trouxe Leandro Damião, claramente não com dinheiro próprio mas através um oneroso financiamento que lhe será cobrado mais tarde.
Dito isto, e portanto analisando o que vimos com uma lente algo cor de rosa, tivemos dois jogos interessantes no sábado, com vitórias apertadas de Palmeiras e Santos, e mais dois no domingo, com vitória do Corinthians (também pela mínima diferença) e uma até certo ponto inesperada derrota do São Paulo. Isto, naturalmente, restringindo a análise aos grandes clubes, que começaram recentemente sua preparação e tiveram pela frente (exceção feita ao clássico) times que estão se preparando desde o ano passado. Coisa, aliás, que não chegou a fazer a diferença que eu esperava, pois a melhor condição atlética não conseguiu, em muitos casos, compensar certa inferioridade técnica.
Com relação à festa de inauguração, realizada no Canindé, pode-se lastimar, uma vez mais, a banalização a que é submetido o Hino Nacional. Toca-lo em todos os jogos é demais. Isto, em minha opinião, deveria ser reservado ao jogo inicial e à final. E toca-lo, com um mísero CD difundido pelo sistema de som do estádio, avilta todo o espetáculo, que requereria uma garbosa banda militar, com sua fanfarra e o consequente desfile dos músicos. Será que a FPF não tem dinheiro para isso?