Em dezembro avaliamos o Nissan March com motor 1.0, um carro de entrada cujo preço é R$ 27.690 e que tem várias versões, a mais cara chegando a R$ 33.690, em função dos diversos opcionais oferecidos ao cliente. De toda forma, é um carro que atende ao que se propõe e tem seu melhor habitat no trânsito urbano mas nem por isso deixa de poder ser utilizado em viagens.
Agora fizemos o mesmo com sua versão mais potente, equipada com um motor 1.6, sempre de 4 cilindros em linha e 16 válvulas, que fornece 111 cv a 5.600 rpm (independentemente de ser abastecido com gasolina ou álcool) contra os 74 cv a 5.850 rpm do irmão menor, nas mesmas condições. É um aumento sensível, são 37 cv de diferença, exatamente 50% de potência a mais, o que se sente imediatamente ao dirigir o carro.
Na verdade, o que fornece esta impressão é o maior torque, com pico de 15,1 kgfm a 4.000 rpm contra os 10 kgfm a 4.350 do 1.0 e uma curva bem diferente, pelo que o uso do câmbio (um mecânico de 5 marchas bem escalonadas e de engates suaves) é menor. E essa sensação de elasticidade do motor acaba conquistando qualquer motorista.
Para tê-la, é preciso desembolsar um pouco mais de dinheiro. Assim, comparando duas versões mais ou menos semelhantes quanto a seus opcionais, o 1.0S e o 1.6S, onde a diferença substancial acabe sendo o motor, temos um acréscimo de aproximadamente 2.700 reais. Uma diferença que, na minha opinião, é amplamente justificada pelo maior prazer em dirigir que o carro com motor 1.6 proporciona. Embora tenhamos, além do maior custo inicial, também um custo de manutenção (entenda-se principalmente consumo de combustível) um pouco maior.
Assim, quem puder se dar a esse luxo, não vai se arrepender da escolha…