Falta cada vez menos para o sorteio dos grupos da Copa e a sensação que eu tenho, claramente sem nenhuma prova, é que a FIFA, cada vez mais ciosa de sua “mercantilização” da competição, fará todo o possível para evitar surpresa. Em outras palavras,tentará evitar que as urnas permitam criar um “grupo de ferro”, onde a presença contemporânea de três seleções famosas faria forçosamente eliminar uma delas.
Não sei como isso poderá ocorrer, mas é uma sensação forte, que se baseia em considerações financeiras, pois as seleções mais famosas atraem mais público à frente das televisões, sobretudo na Europa onde o evento tem um mercado cativo extremamente importante. Importante não apena no aspecto esportivo mas também no dos patrocinadores da Copa que, desde já, tem campanhas publicitários cuidadosamente estudadas, com possibilidade de correções de rota no último momento, dependendo dos resultados dos jogos iniciais.
Isto não significa que não possam ocorrer surpresas, o primeiro exemplo que me vêm à memória é o da última Copa, quando a Itália, detentora do título, caiu fora, sendo quarta e última colocada, num grupo em que era apontada como a lógica vencedora. Um grupo formado por Paraguai (que foi primeiro somando 5 pontos), Eslováquia (que foi segunda com 4) e Nova Zelândia (terceira com 3) ao passo que a Itália somou apenas 2 pontos, fruto de dois empates com Paraguai e Nova Zelândia, sendo derrotada, no terceiro e decisivo jogo, pela Eslováquia.
E foi uma eliminação que causou, a vários patrocinadores, graves problemas, com tentativas de correção de rumo de numerosas campanhas publicitárias à última hora, na verdade sem muito sucesso…
Um sorteio muito esperado
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