Foto: Luiz Munhoz
Como se esperava, a Portuguesa foi novamente condenada à perda de 4 pontos e consequente rebaixamento à série B do próximo campeonato brasileiro. E o foi de forma contundente, por unanimidade, como já tinha ocorrido em primeira instância. Encerram-se assim as possibilidades de discutir o assunto no âmbito esportivo brasileiro, restando apenas o TAS (Tribunal de Recurso Esportivo, na sigla francesa), na Suiça, como instância internacional. Mas a experiência mostra que se trata de um processo longo e caro,pois é importante que os representantes (geralmente um advogado e um dirigente) do clube estejam presentes na audiências. Em suma, nada que resolva o problema da Portuguesa em pouco tempo.
Assim fica a Portuguesa à frente de um dilema. Ou aceita a condenação esportiva, à qual fez jús por uma bobagem administrativa, ou bate à porta da Justiça (uso propositalmente a inicial maíuscula para diferenciá-la até mesmo visualmente da “esportiva”, à qual sempre me recusei a julgar como tal). E, dependendo dos argumentos de seus advogados, com boa chance de sucesso, pois, a começar pela CBF, muita gente tem interesse em não tumultuar, mais do que já está (vide caso das obras) o panorama nacional às vespéras da Copa do Mundo.
Este, naturalmente,é o julgamento é de um leigo, para o qual 2 + 2 dão sempre 4, ao contrário do que sustenta, com total razão, um jurista como Approbato, para quem na “justiça esportiva” 2 + 2 podem ser, além de 4, 22 ou até mesmo nada, dependendo do caso e das circunstâncias. A essa brilhante definição, aliás, eu juntaria, o peso político do clube que estiver na disputa, como estou cansado de verificar, em mais de meio século de atuação na Jovem Pan. Pois clube grande é clube grande (no mundo todo, aliás) e clube pequeno é clube pequeno…