A violência entre torcidas não é uma exclusividade brasileira, e disso temos muitos exemplos mundo afora. Mas nos estádios a situação que se observa aqui é preocupante, pois em vários lugares isto já foi satisfatoriamente resolvido, como, por exemplo, na Inglaterra, e em outros está sendo perseguido com certo sucesso. Embora, como, por exemplo, acontece na Itália, isto não impeça que as torcidas se degladiem fora dos estádios. Mas aí, em minha opinião, é um problema de polícia e cada país o encara de uma forma diversa.
Aqui no Brasil, as brigas continuam acontecendo também – e talvez principalmente – nos estádios, a mais recente tendo envolvido, na rodada final do campeonato brasileiro, torcedores do Atlético PR e do Vasco. As cenas de selvageria, lamentáveis sob todos os aspectos, deram rapidamente a volta ao mundo e, ao lado dos acidentes mortais que continuam se verificando nas obras dos estádios que sediarão a Copa, constituem uma publicidade negativa para o Brasil.
Para resolver o problema, uma das soluções é penalizar financeiramente os clubes, pois, atingidos no seu ponto mais sensível, os dirigentes vão se movimentar para tentar controlar – já que não conseguem extingui-las – as famigeradas torcidas organizadas, um verdadeiro câncer do futebol.
Neste sentido, é digna de aplausos a tomada de posição da Nissan que, num breve mas eloquente comunicado, anunciou que não mais patrocinará o Vasco da Gama, afirmando que “tais atos de violência são incompatíveis com os valores e princípios sustentados e defendidos pela empresa em todo o mundo”. Em outras palavras, a Nissan não quer por seu nome ao lado de verdadeiros delinquentes e resolveu encerrar o contrato de patrocínio que tinha sido assinado em julho e tinha duração prevista de 4 anos.
Este é um exemplo digno de registro… oxalá seja seguido por outros patrocinadores pois assim todos estarão cooperando para banir a violência de nossos estádio. Já que políticos e leis até agora não o conseguiram.
Nissan deu o bom exemplo
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