Circulou, nos últimos dias, uma interessante entrevista do presidente da Fifa, Blatter, à qual, por razões óbvias, foi dado muito pouco destaque. Em síntese, o dirigente suiço afirma que o Campeonato Mundial de Clubes, que ele sempre apoiou, obtém muito sucesso na América do Sul, na Ásia e na África mas não consegue atrair a atenção do torcedor e dos meios de comunicação europeus. E isto condena de certa forma a competição ao fracasso, pois os maiores interesses publicitários estão lá.
Insistimos com o Mundial no Japão, afirmou Blatter, e não deu certo, a grande diferença de fuso horário pareceu uma explicação válida. Fomos então para o oriente Médio, bem mais perto e sem o problema do fuso, e nada mudou. Agora estamos bem perto da Europa, num país de forte apelo turístico como o Marrocos, e o desinteresse continua. É uma pena, concluiu Blatter.
O fato é que nunca esta competição conseguiu deslanchar e atrair o interesse do torcedor europeu como, por exemplo, a Champions League e, num plano inferior, até mesmo a Europa League. Pergunte-se a um torcedor europeu qualquer o que ele prefere, em termos de vitórias, e a resposta será a esperada. O Mundial é algo forçado, criado para tirar das maõs de Uefa e Confederação Sulamericana a antiga Final Intercontinental, e nunca emplacou de verdade. E as duas recentes vezes em que o representante da América do Sul foi eliminado logo no primeiro jogo, acabaram arranhando ainda mais fortemente o resquício de interesse que a competição poderia despertar na Europa. Pois a final de um Mundial, em que se enfrentam o vencedor da Champions League e um time africano, nunca é levada a sério…
Blatter entregou os pontos…
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