Se alguém, antes de começar o campeonato brasileiro, me tivesse dito que todos os quatro clubes paulistas estariam fora das primeiras posições e que dos carioca só o Botafogo se encontraria entre os melhores, com a agravante de Fluminense e Vasco serem diretamente ameaçados pelo rebaixamento, teria seriamente duvidado de sua capacidade de adivinhação. E não teria apostado nem mesmo meu dólar furado nesta hipótese.
Mas a realidade é essa mesma, quando faltam apenas 6 rodadas ao término do campeonato e ninguém pode saber se pelo menos um dos dois grandes do Rio vai conseguir se salvar da degola que, sobretudo se envolver o Fluminense, vai deixar em maus lençóis um técnico famoso como Luxemburgo.
Por aqui, cabe destacar, como nota positiva, a reação do São Paulo, que era o mais forte candidato ao rebaixamento e, com a “cura” Muricy Ramalho, tornou-se o time paulista de melhor campanha, 2 pontos à frente do Santos, 6 do Corinthians e nada menos que 9 da Portuguesa. Mas isso, numa análise de todo o campeonato, não pode mudar muito o julgamento global.
O que surpreende é a continuada má fase do Corinthians, definitivamente acostumado a só empatar, e deixando bem clara a necessidade, em função de 2014, de uma ampla reformulação do elenco. Uma reformulação que vai exigir, da direção, a tomada de decisões certamente não fáceis, como, por exemplo, o que fazer com Pato. Contratado como o jogador que deveria acrescentar algo mais ao time, sobretudo em sua fase ofensiva, nunca conseguiu atender integralmente às expectativas de dirigentes e torcida. E a defesa que Tite faz dele é claramente a obrigação de não desvaloriza-lo mais do que o campo de jogo já tem feito…