O último amistoso do ano, permitiu ao Brasil, como manda a tradição, obter mais uma vitória sobre o Chile que não foi nem sombra do brilhante time que vimos outro dia derrotar a Inglaterra em Wembley com uma grande atuação de Sanchez. O avante do Barcelona esteve bem abaixo de esperado e nisso foi parcialmente imitado por seu colega do clube, Neymar, ele também não atingindo seu normal nível de rendimento a não ser em alguns momentos esporádicos.
Quem mexeu com o ataque, onde Jô mostrou claros limites e deixou saudades de Fred, foi Robinho que, embora colocado numa posição que taticamente não é a sua, esteve bem e praticamente ganhou seu lugar na lista dos que irão à Copa. Resta-lhe agora manter sua boa fase no Milan, onde conta com companheiros de nível bem inferior aos que tem na seleção e, sobretudo, num clube que vive uma fase muito complicada, em todos os níveis, desde o técnico até seu mais alto dirigente. Aliás no comando do Milan a jovem Barbara, filha do dono, Silvio Berlusconi, está fazendo uma limpeza geral e dela não escapa nem mesmo Adriano Galliani, fiel amigo de décadas de Berlusconi e que ganhará, como consolação, um lugar na política.
Voltando ao futebol jogado, o Brasil mostrou que Scolari praticamente definiu o grupo que levará ao Mundial e somente o aparecimento de um grande jogador, ou a explosão de um dos já conhecidos (como poderia ser Luis Fabiano, apenas para citar um exemplo, pois não acredito nele), poderia faze-lo mudar de ideia. Assim Julio Cesar, mesmo na reserva do QPR, na segunda divisão inglesa, será o titular do gol brasileiro. E Maicon, ressuscitado futebolisticamente após sua ida para a Roma, deve ser o reserva (ou a alternativa) a Daniel Alves na lateral direita.
O que ainda depende de definição, pelo contrário, é o time titular, onde, ao lado de nomes certos, existem disputas por várias posições, principalmente no meio de campo e no ataque. Aí Scolari provavelmente decidirá em função do momento de cada jogador e de seu estado físico, já que a atual temporada européia deverá desgastar, e muito, a maior parte deles. Como, aliás, vai acontecer com todos os principais adversários do Brasil na Copa…