Após golear, com total merecimento, Honduras, o Brasil volta a campo, deste feita tendo como adversário o Chile. Tecnicamente trata-se de uma seleção superior a Honduras e que deve se apresentar com um espírito diferente, como cabe a um jogo amistoso, sem aquele toque de violência absolutamente fora de lugar que marcou o jogo de sábado.
Com isso a partida deve ser mais agradável, embora se espere um Chile bem fechado na defesa e tentando apenas contragolpear, o que pode reduzir um pouco o valor do jogo quanto a testar a defesa nacional. Der qualquer forma, é o que foi oferecido ao técnico Scolari e é normal que ele tenha aceito de bom grau, pois serão poucas as oportunidades que ainda terá para fazer experiências. Eu até arriscaria dizer que esta, possivelmente, venha a ser a última, antes da Copa do Mundo, permitindo então ao técnico fazer, em foro íntimo, um balanço e definir qual o elenco que levará ao mundial. Um mundial para o qual Scolari já arriscou um prognóstico firme e decidido, afirmando, alto e bom som, que o Brasil vencerá.
A rigor, isto é bem lógico, pois a história dos mundiais mostra que o time da casa sempre venceu, quando tinha qualidade para isso, ou, quando não a tinha, obteve assim mesmo uma boa colocação, até mesmo superior às suas reais possibilidades. Foi assim, por exemplo, com a França em 1938, a Suíça em 1954, a Suécia em 1958, o Chile em 1962, o México em 1970 e a Coréia em 2002. E também foi assim, conquistando o título, com a Inglaterra em 1966, com a Alemanha em 1974 (o título de 1954 eu não conto, pois foi obtido com um time todo dopado) e com a França em 1998.
As únicas exceções ficaram por conta do Brasil em 1950 e da Itália em 1990, pelo que devem ser consideradas como as tradicionais exceções que confirmam a regra geral.
E pode-se então concluir que Scolari está apostando na lógica e na tradição…