O grande sucesso obtido pela Fiat 500 em todos os mercados, desde a Europa até às Américas, levou a marca italiana a ampliar a linha 500, apresentando várias outras versões. Uma das mais interessantes é a 500L, que amplia o conceito da 500 para um carro maior, com quatro portas e cinco lugares, que concorre com Citroën C3 Picasso, Hyundai ix20, Mini Countryman e vários outros modelos semelhantes.
Medindo 4 metros e 15 centímetros, em função da parte frontal curta e da posição de dirigir avançada, oferece uma ampla habitabilidade, com um volume de ar de exatos 3,17 m³, de acordo com a Fiat. Uma habitabilidade que pode ser modulada, de acordo com as necessidades de cada momento, com o deslocamento do banco traseiro em sentido longitudinal. Isto permite oferecer maior conforto aos passageiros que sentam atrás ou então aumentar o espaço do porta-malas, a variação sendo de 412 para 453 litros.
Aliás conforto é um dos pontos altos do carro, evidenciando o cuidado dos projetistas com este item. Assim os assentos traseiros estão posicionados um pouco mais altos que os dianteiros, de forma a melhorar a visibilidade dos que lá estão sentados. O ar condicionado faz seu trabalho sem muito barulho, o ruído proveniente do motor é bem reduzido, o mesmo ocorrendo com o rolamento dos pneus. A título de curiosidade vale lembrar que, a 130 km/h, o Índice de Articulação nos dois lugares dianteiros, conforme medição da revista “Quattroruote”, alcança 66, contra apenas 53 da Mini Countryman e 43 da Hyundai ix20. É uma marca própria de carros de categoria superior.
Os quatro principais itens que regeram o projeto da 500L foram segurança, facilidade de dirigir, versatilidade e redução de consumo e das emissões de poluentes. E pode-se dizer que todos os quatro foram plenamente alcançados.
A plataforma reservada para os modelos do segmento B foi amplamente atualizada para atender também aos crash-tests tanto dos Estados Unidos como do Japão (além, é claro, aqueles da Comunidade Européia). Assim foi incluída uma terceira faixa de carga inferior que consiste numa travessa de aço com suportes em plástica e dois perfis de alumínio ligados ao suporte das suspensões dianteiras. Isto permite transmitir à plataforma parte das forças derivadas de um choque frontal. Além disso foi usado em boa parte (74% do total) aço de elevada resistência, o que, por exemplo, permitiu ter uma resistência torcional superior em nada menos que 49% da existente na Fiat Idea.
Quanto ao conforto a Fiat teve muito cuidado com vários detalhes. A começar por uma nova coluna de direção e um inédito sistema de fixação do módulo que integra o radiador do motor e o condensador do ar condicionado e relativas ventoinhas, de forma a reduzir as vibrações transmitidas ao habitáculo. Sempre para incrementar o conforto foram usados vidros dianteiros mais grossos, guarnições mais completas nas portas e um cuidado especial foi dedicado ao desenhos dos espelhos retrovisores laterais para reduzir os ruídos aerodinâmicos. Da mesma forma foram utilizados novos engates para as suspensões, sendo que as traseiras (do eixo que trabalha em torção) são hidráulicas, de forma a filtrar mais eficazmente as irregularidades do piso.