Por mais que se tente ser equilibrado, determinados fatos quando repetido várias vezes levantam dúvidas ou suspeita.
O elenco de um time de futebol é formado por atletas que têm de tudo. Os jogadores profissionais recebem boa alimentação, excelente cuidados com a saúde, excelente preparação física, ganham salários inimagináveis para um trabalhador normal, são divulgados permanentemente nas rádios, na televisão, nos jornais, nas revistas impressas, nas redes sociais da internet e recebem uma longa série de outros benefícios.
Não obstante tudo isso, que em tese lhes fornece a necessária estabilidade emocional para uma vida tranquila, são protagonistas de espetáculos de inadmissível má qualidade e por motivos mais ainda inimagináveis e em pequenos espaços de tempo.
Quando se espera, face aos acontecimentos anteriores, que eles estão entrosados, que estão se superando, que encontraram o caminho da positividade, eles se descontrolam, se desarrumam como conjunto, perdem a qualidade técnica gerando a impressão de que não têm condições de jogar naquele clube.
Como pode? Ao torcedor, bem como ao analista, resta a dúvida. O que houve? Qual o motivo de mudança tão rápida de domingo para hoje, quarta feira? Seria má vontade? Seria boicote ao treinador? Seria desentendimento entre eles?
Ou então, visto do lado positivo, o que aconteceu que eles mudaram tão rapidamente: no domingo foram horrorosos e tomaram uma surra (ou se preferirem um chocolate) do adversário e hoje foram magníficos, massacrando o adversário.
Foi assim a rodada de ontem no Campeonato Brasileiro envolvendo os paulistas. O Corinthians e o Santos no lado positivo e o São Paulo e a Portuguesa no negativo.
Corintianos e santistas deram vexame no domingo e foram gloriosos ontem. A única novidade nesses três dias foi a conversa entre os jogadores de cada elenco, sendo que no Corinthians houve uma grande pressão da torcida sobre o treinador e no Santos uma forte declaração de um dirigente contra a imagem do seu treinador.
O teor dessas conversas os de fora não conhecem. Imaginamos que se lavou roupa suja e, houve tomada de consciência da realidade, possivelmente atingiu-se o caráter, quiçá a honra de alguns. Seria o bastante para mudança tão grande? E se foi por que não o fizeram antes?
Sobre o lado negativo envolvendo São Paulo e a Portuguesa conversaremos amanhã se é que não haverá fatos que mudem a nossa intenção em 24 horas enfim nós também somos humanos embora sem ganhar tanto como eles.
Waldo Braga