Não dá mais para esperar. Todas as explicações e desculpas já foram dadas. Quase tudo (mudança dos treinadores) que podia ser feito foi feito. As reuniões de motivação (como se não bastassem os altos salários) chegaram à exaustão. Puxões de orelha também.
Agora não há mais tempo para enrolações. Tudo depende dos jogadores. A solução é muito simples: respeito à Instituição que acreditou neles e lhes fornece todas as circunstâncias para que desempenhem o trabalho a que se comprometeram.
O clube cumpre com as suas obrigações a começar pelo pagamento (em dia) de todos os direitos trabalhistas. Fornece todo o equipamento necessário para o trabalho. Assegura-lhes o adequado sustentáculo físico, médico e psicológico. Fornece alimentação e hospedagem de alto nível. Enfim, nada têm para reclamar ou para deixar de cumprir com a obrigação que é jogar futebol atendendo as orientações do técnico (um dos melhores do Brasil) no plano estratégico.
E na realidade o que se espera é principalmente que cumpram o primeiro item de exigência: aplicação. A obrigação que não podem descumprir é participar, correr, dedicar-se, tentar, de todas as formas, vencer os adversários.
Até as falhas técnicas serão perdoadas (desde que isoladas) porque é inerente ao ser humano.
Imperdoável é o desinteresse. Inadmissível é estar alheio aos acontecimentos. Inaceitável é a falta de empenho em recuperar a bola. Imperdoável é ficar indiferente ao resultado negativo como se nada lhes tivesse acontecido.
Ao vestir a camisa de um clube o jogador se torna a esperança de milhões de torcedores que, em última instância são os que proporcionam o seu salário e que sofrerão com as derrotas.
Conclui-se que aos jogadores do São Paulo só resta cumprir com a mensagem do técnico: tenham vergonha e joguem contra o Vitória como se fosse a última partida da vida.
Waldo Braga