Já foram disputadas 24 rodadas e os clubes paulistas continuam mal colocados na tabela de classificação e em queda de produção excetuando-se a Portuguesa que tem se superado nos últimos jogos com atuações surpreendentes como a de ontem quanto impôs derrota ao Corinthians num resultado que se constituiu em clamorosa (salve Mestre Carsughi) surpresa.
Corinthians que está se transformando na maior decepção se consideradas as últimas temporadas quando ganhou quase tudo que disputou demonstrando clara superioridade sobre os adversários nacionais e estrangeiros. Por isso imaginava-se que continuaria impondo a sua qualidade. No entanto, as saídas de Jorge Henrique e, principalmente, Paulinho foram decisivas na queda de rendimento da equipe. Nem se pensar em culpar o Tite.
Daí a decepção ser maior que a dos outros, São Paulo e Santos, poupando-se a Ponte Preta de quem pouco se esperava.
Todos sabiam que o Santos sem Neymar sofreria sensível queda nas suas apresentações porque era nele que residia a esperança de vitórias. Era então previsível que dificilmente lutaria pelo título de campeão, mas ainda se alimentava alguma esperança pela possibilidade da revelação de algum talento entre os jovens como é costume na Vila Belmiro. Como o milagre ainda não aconteceu e as contusões de Montijo têm sido constantes a produção do time é irregular e abaixo do necessário para alcançar classificação para a Libertadores.
No São Paulo a frustração não chega a ser surpreendente se considerada a campanha de 2012. O elenco demonstrava-se frágil e as contratações, principalmente a de Lúcio, não alimentaram esperança de superação.
A chegada de Muricy reavivou a expectativa positiva de que o profissional qualificado pela carreira de sucesso por onde passou e pela sua afinidade com o clube seria capaz de modificar o ânimo do elenco além de dar-lhe o necessário preparo técnico e tático.
Isso está acontecendo haja à vista a atuação do São Paulo no jogo de ontem contra o Grêmio quando se viu um “outro” quadro, com disposição, movimentação e habilidade, com passes rápidos e quase sempre precisos. Todavia a conclusão das jogadas foi ruim tendo sido perdidas oportunidades claras de gol pela ansiedade dos jogadores em mostrar a sua gratidão ao técnico e à torcida que os tem apoiado.
Esse panorama nada animador mostra claramente que 2.013, se fosse possível, seria excluído da História dos nossos maiores representantes.
Waldo Braga