É claro que todos nós procuramos ser bem sucedidos em todos os setores de atividade. Na escola, no trabalho, no relacionamento pessoal, no esporte, no amor e assim por diante.
Na busca da excelência usamos de todos os meios disponíveis para consegui-la e, uma vez atingida a meta, ficamos satisfeitos com o feito e não analisamos as circunstâncias que nos cercaram durante o percurso e nem daquelas que precisamos respeitar para ficar onde chegamos.
Assim acontece também no esporte cuja prática tem início geralmente na infância e normalmente com inspiração num destaque numa modalidade. No futebol, no vôlei, na natação, no atletismo, no automobilismo, etc. Ou seja, uma vez eleito o ídolo, passamos a ser como ele: falamos como ele: usamos o mesmo corte de cabelo, as mesmas roupas, mostramos o mesmo sorriso. Enfim, fazemos tudo o que ele faz.
Aí mora o perigo.
Costumeiramente, por falta de melhor educação, uma vez atingido o estrelato, o atleta, no sentido lato da palavra, mas especialmente o jogador de futebol, quando “se acha” torna-se insuportável (diz-se que mascarado). Anda de nariz e bumbum empinados, foge das entrevistas e, lamentavelmente, dos fãs, tratando-os com desprezo.
Falei tudo isso para destacar o comportamento de Usain Bolt. Esse ser diferenciado que a todos supera como se os demais não existissem. Vence a todos e pronto. Dispara a sua flecha como se dissesse que o céu lhe pertence.
Terminada a prova. No instante imediatamente seguinte, ele esparrama simpatia sobre o povo que lá está para aplaudi-lo. Acena com enorme sorriso parecendo estar dividindo com todos os louros da vitória. Brinca alegremente com os adversários como se amigo deles fosse. Dá entrevistas aos jornalistas em tom jocoso.
Bolt não é só o campeão. Ele é um ser incomum. Ele sim, é modelo para os jovens.
Waldo Braga