O vocábulo torcer tem muitos significados. Interessa-nos o relativo a competições esportivas e para mim significa incentivar.
Sob esse aspecto e considerando-se que é opção sua, ou seja, cada um escolhe livremente para quem quer torcer, não tem o menor sentido dirigir-se a um estádio ou ginásio e vaiar ou xingar os jogadores ou dirigentes quando o seu time, aquele que você escolheu, estiver jogando mal.
Nesse instante, mais do que nunca, o seu incentivo é importante como entusiasmo aos atletas para que eles se superem e passem a atuar com mais vontade, mais empenho, mais dedicação.
Sei que esse posicionamento contraria aquilo que a maioria pensa e que estou sendo considerado infantil, sonhador e até louco, mas é assim que vejo uma torcida.
Dentro desse prisma acho um absurdo que o dirigente de um clube receba representantes das torcidas organizadas para discutir providências a serem tomadas para melhorar as atuações do time de futebol para nos limitar a esse esporte.
Sem discutir o nível cultural e a vida pregressa dos participantes dessas torcidas nem a violência que os caracteriza porque não nos interessa neste instante, é inadmissível que a direção permita o seu ingresso nas dependências do Clube e os ouça para tratar de assunto que só a ela, direção, pertence.
Qual o poder que eles têm para pretender direcionar as ações a serem tomadas? Por acaso são eles os responsáveis pelos compromissos financeiros? Por acaso são eles que dão os treinamentos? Ou será que essas “visitas” têm o objetivo de atemorizar os jogadores?
Querem protestar? Usem dos meios disponíveis como carta, como artigo de jornal (matéria paga), como os dispositivos das redes sociais, como as vias judiciais etc.
Ao recebê-los e lhes dar a possibilidade de intervir na administração, o Clube está entusiasmando essa coletividade a continuar a agir como têm feito com comportamento agressivo e que até tem prejudicado o clube que escolheram como aconteceu com o Corinthians que perdeu 4 jogos de mando no Pacaembu, sem se falar daquele triste caso da Bolívia.
Deixo claro que este é o meu pensamento e nada tem a ver com o do Mestre Claudio Carsughi que está se deliciando com as maravilhas da sua Itália.
Waldo Braga