Nem o mais pessimista, nem o mais derrotista, nem a oposição, nem o seu mais ferrenho adversário tem dúvida de que o Palmeiras voltará para a série principal do campeonato brasileiro. A diferença entre ele e os adversários é muito grande não só em pontos ganhos como na técnica. Não há qualquer dúvida sobre isso.
E o futuro? a Deus pertence dirão muitos, mas nós os cronistas e os administradores não cabe limitar-se às possibilidade religiosas. Devemos nos debruçar sobre os fatos presentes e passados para pensarmos no depois.
Aí reside a preocupação. Pelo que se observa nada está sendo feito para preparar o amanhã da volta e, também, é muito claro que com esse elenco não escapará do efeito vai e volta. Está no mesmo nível de Náutico, Ponte Preta, São Paulo, Portuguesa, Flamengo, Fluminense, ou seja, estará lutando para não ser rebaixado.
Essa possibilidade assusta o seu torcedor e certamente está preocupando a Diretoria que também não tem muito a fazer face ao momento financeiro que está atravessando.
Nem mesmo o Presidente, que já deu inequívocas demonstrações de competência, indicou qual o caminho a ser tomado. Quando indagado responde demonstrando conhecimento, mas, sabiamente, não fala claramente para não passar por enganador porque sabe ser difícil encontrar a solução.
Certamente está negociando, procurando colaboradores, investidores, financiamentos, mas será muito difícil conseguir dinheiro porque não há garantias quanto ao pagamento.
O quadro fica ainda mais escuro que o próximo ano é o do centenário que exige muitas comemorações além da inauguração da arena que também exigirá mais gastos mesmo que já conte com um investidor para isso. Tudo isso e mais as contratações de jogadores para fortalecimento da equipe.
O panorama não é estimulante, mas há a necessidade de medidas rápidas e bem planejadas. Se não…
Waldo Braga