A Ford apresentou a nova versão do Ford Fusion híbrido que apresenta várias novidades em relação ao que testamos anteriormente. A que mais chama a atenção do usuário comum, por exemplo, é o fato do carro poder acelerar até 100 km/h usando apenas o modo elétrico, coisa que, na versão anterior, era limitada a 75 km/h. Isto significa que, em uso urbano, o Fusion híbrido praticamente não faz barulho, fato que, aliás, exige certo cuidado por parte do motorista pois os pedestres – e mesmo os motoristas dos demais carros – não estão acostumados a um veículo que se movimenta sem o barulho do motor.
Isto se deve, entre outros fatores técnicos, à utilização de uma avançada bateria de ions de lítio que é 23 quilos mais leve da anterior e mais potente e a um novo motor elétrico.
Naturalmente as novidades não param aí, pois temos um novo motor 2.0 a gasolina e uma transmissão continuamente variável, sistema CVT, que, em minha opinião, é o sistema que melhor interpreta a exigência de uma transmissão automática. E o sistema de freios recupera até 95% da energia que seria desperdiçada nas reduções de velocidade.
Para a economia de combustível, aliás, a Ford utilizou todos os dispositivos possíveis, como, por exemplo, direção e ar-condicionado acionados eletricamente, o que não rouba potência do motor. Motor a gasolina que, somado ao elétrico, fornece um total de 190 cavalos e que permite anunciar, de acordo com medições do Inmetro/Conpet, marcas de 16,9 km/l na estrada (o que é muito bom) e 16,8 km/l na cidade, algo inacreditável pelo tamanho e peso do Ford Fusion. Naturalmente o usuário normal não pode esperar repetir, no uso diário, estas marcas mas fica a certeza que este é um carro bem econômico, sem paralelo em sua categoria.
Ao lado disso, a Ford colocou no Fusion híbrido um interessante pacote de segurança e requinte. A segurança passa pela presença de 8 air-bags, câmara de ré, sistema de alerta quando sair da faixa de rolamento, alerta de colisão, sistema de monitoramento de pontos cegos, Hill Holder (permite manter por alguns segundos o carro parado numa subida ao deixar o pedal do freio e acionar o acelerador) e, como em todo carro moderno, controle eletrônico de estabilidade e tração.
O requinte, por seu lado, inclui sistema SYNC com tela touch-screen de 8 polegadas, comandos de voz em português, painel com telas configuráveis e vários outros detalhes. Como, por exemplo, os bancos com ajustes elétricos e 3 memórias, espelhos retrovisores elétricos também com 3 memórias, farol alto automático, sensor de chuva e teto solar. Isto pelo preço de R$ 124.990 reais, inferior ao estabelecido pela Ford na comercialização da versão anterior.
Rodando com o carro pudemos observar a favorável faixa de torque que ele oferece, a boa estabilidade, a precisão da direção e, naturalmente, em se tratando de uma transmissão CVT, a suavidade de marcha. Falta agora coloca-lo à prova na buraqueira representada pelo incrível sistema viário de São Paulo e sentir as reações da suspensão…