O Corinthians não está jogando tão bem como o fazia na passada temporada. Esta é uma verdade aceita por todos, mesmo por aqueles que, por sua função no clube, não podem dize-lo claramente. E, a partir disso, estabelece-se a pergunta: qual a razão?
Em minha opinião, existem vários motivos, sendo que nenhum deles, tomado isoladamente, é capaz de responder de forma clara à pergunta.
A primeira razão é que normalmente qualquer clube, após uma temporada triunfal como foi a do Corinthians, apresenta uma queda de rendimento. Um certo sentido de satisfação, de dever cumprido, costuma tomar posse, mesmo que seja só no inconsciente, de muitos jogadores. E aí seu rendimento cai.
A segunda razão é que podem ocorrer contusões e trocas de jogadores. No Corinthians as contusões estão ocorrendo (como em todos os demais times, aliás), às vezes em posições-chave. E as saídas também, a começar, por exemplo, com a venda de Paulinho. Além da demora na renovação do contrato de Emerson que pode ter sinalizado um conceito diretivo que preocupou o resto do elenco. Pois, ao oferecer a Emerson um contrato de apenas 1 ano, quando o jogador queria 2, o clube sinalizou claramente que entendia ter o jogador chegado bem próximo ao final de carreira. E amanhã essa decisão unilateral pode afetar qualquer outro jogador.
A outra razão está no fato de Pato, contratado com muitas esperanças de estar trazendo o salvador da pátria, em termos de potencializar o ataque, não ter podido atender a essas expectativas. Expectativas em minha opinião descabidas, pelo menos a curto prazo, pois era suficiente analisar a mais recente trajetória do jogador no Milan para saber o que iria acontecer.
A isso tudo, se soma a posição do técnico Tite, que inteligentemente vê no horizonte o perigo latente de estragar, permanecendo à frente do Corinthians, todo o excelente trabalho até aqui desenvolvido e que lhe tem valido, além do respeito e aprovação de todos os que trabalham no mundo do futebol, um sensível aumento de seus cabelos brancos…