Nesta 4ª feira disputam-se na Europa dois interessantes amistosos internacionais. Em Basel, a Suíça recebe o Brasil enquanto em Roma enfrentam-se Itália e Argentina, num jogo definido, desde seu concebimento, como “O jogo do Papa”.
Para Scolari, enfrentar a Suíça, que vem fazendo brilhante campanha em seu grupo eliminatório para a Copa do Mundo de 2014, onde lidera com folga, tendo sofrido até agora apenas 1 gol, significa ter mais uma oportunidade de testar seu time. E testa-lo sobretudo no aspecto ofensivo, tanto de construção de jogadas como de finalizações. Além disso existe a experimentação de Maxwell na defesa, um setor que poderia ainda trazer, ao menos na lista de convocados, algum nome novo. Ou até velho, como seria o caso de Maicon que, contratado recentemente pela Roma, parece estar encontrando sua segunda juventude e não abandonou a esperança de disputar este mundial.
Em minha opinião, Scolari já tem seu time praticamente definido e apenas pode ter dúvidas em 3 ou 4 nomes para compor o elenco. Mas, de qualquer forma, é importante, através desses amistosos, ir monitorando a condição de forma dos jogadores e, consequentemente, não se deixar surpreender por uma eventual queda de rendimento. Como poderia eventualmente acontecer com o goleiro Julio Cesar, se continuar no Queens Park Rangers onde teria que disputar a série B do campeonato inglês.
Quanto ao “Jogo do Papa”, tudo nasceu de uma ideia do técnico italiano Prandelli que, baseado na nacionalidade argentina do novo Papa e de sua ascendência italiana (seus avós nasceram na Itália, região do Piemonte), propôs à federação a realização de um amistoso entre Itália e Argentina, naturalmente em Roma. Seria a uma homenagem ao Papa Francisco.
A ideia foi logo aceita por todos os envolvidos, estabelecendo-se um clima de grande união (as duas seleções estão no mesmo hotel, em Roma) que teve como momento culminante a visita ao Papa, ontem realizada.
No aspecto esportivo, o jogo não terá dois protagonistas, o argentino Messi e o italiano Balotelli, ambos contundidos, mas nem por isso perdeu seu brilho e seu sentido de homenagem e congraçamento. Valendo até mesmo como uma primeira respostas às palavras do Papa que pediu, em seu discurso às duas seleções, que o futebol voltasse a ser um espetáculo esportivo, onde cada qual pudesse levar aos estádios a própria família.