Hoje à noite o Corinthians enfrenta o Luverdense, pelo jogo-retorno da Copa do Brasil e o faz na incômoda situação de ser obrigado a vencer. E, se possível, jogar bem. Este último item poderá eventualmente ser deixado de lado se, mesmo não apresentando uma grande atuação, o time alvinegro vencer por uma margem expressiva. Mas vencer é obrigação.
O adversário, modesto time da série C, já fez seu milagre, que foi vencer o Corinthians no jogo de ida por 1 a 0, com um gol irregular, a bem da verdade. Mas ninguém pode sequer pensar que esse milagre tenha seqüência em Pacaembu, na presença da fiel torcida, sem imaginar um panorama apocalítico, em que tudo e todos seriam postos em discussão.
Do ponto de vista técnico, a presença (obrigada pela suspensão de Emerson) de Pato desde o início vai dar ao jogador mais uma chance para se colocar como titular do time, embora, em minha opinião, a cobrança que se faz dele seja excessiva. Pois Pato, queiram ou não, está jogando no Corinthians aquilo que jogava até pouco tempo atrás no Milan e nada autorizava a pensar que a simples passagem do equador faria alterar substancialmente esta situação de fato.
Entendo ser normal e lógica a posição do técnico Tite defendendo vigorosamente seu jogador, como, aliás, tinha feito no passado com vários outros, a começar por Adriano. Pois, do contrário, estaria até mesmo desvalorizando um patrimônio do clube, mas para o observador neutro, que não tem esse compromisso, a situação parece bem clara e provavelmente definida. Contra isso, apenas a idade de Pato, 24 anos a serem completados segunda-feira, acenando para mais uma década de carreira, pelo menos, e muitas oportunidades de virar o jogo.