Nos últimos 8 anos, somente uma vez um piloto, largando na pole-position do GP da Hungria, tinha conseguido vencer a corrida. Este piloto era Lewis Hamilton, então pilotando uma McLaren. Neste domingo a história se repetiu, e novamente Hamilton, largando na pole, conseguiu vencer, com absoluta superioridade, o GP da Hungria, desta vez com Mercedes, no que foi seu primeiro sucesso com a nova equipe. Ratificando, aliás, o acerto de sua escolha ao deixar a McLaren, equipe que obteve seu melhor posicionamento com Button, sétimo colocado.
A corrida foi mais interessante do que era lícito supor, com várias ultrapassagens, algumas até polêmicas, e uma incerteza quanto aos pilotos que subiriam ao pódio que vigorou até a bandeirada, pela luta acirrada de Vettel (terceiro) tentando superar Raikkonen que o precedia. Luta aliás que se verificou também pelo quinto lugar, que Alonso, com sua Ferrari, defendeu com unhas e dentes do assalto de Grosjean (Lotus) até a bandeirada final. Enquanto seu companheiro de equipe, o brasileiro Massa, era obrigado a contentar-se com a oitava colocação, após um pequeno toque depois da boa largada.
Agora, disputados 10 GPs de um total de 19, isto é estando no começo da segunda metade do campeonato, várias coisas ficam bem claras. Vettel, com 38 pontos de vantagem sobre Raikkonen e 39 sobre Alonso, veleja de velas enfunadas ao vento rumo a seu tetra-campeonato, enquanto é semelhante o domínio da Red Bull na Copa dos Construtores. Em ambas as competições, aliás, o que está ocorrendo, é uma acirrada disputa pelo vice-campeonato. Entre os pilotos isto diz respeito a Raikkonen, Alonso que o segue a 1 ponto e agora Hamilton que chegou a 10 pontos do finlandês, enquanto na Copa dos Construtores a luta é entre Mercedes, Ferrari e Lotus. E como esta classificação é a que indica o quanto cada equipe vai receber, em termos de dinheiro, ao final da temporada, é lógico o interesse despertado.
Com a tradicional pausa estiva, o Mundial só volta às pistas a 25 de agosto, com o GP da Bélgica. E até lá todas as equipes vão continuar trabalhando acirradamente no desenvolvimento de seus carros, naturalmente sem esquecer o projeto dos carros para 2014, que, face às mudanças de regulamento (notadamente com motores 1.6 V6 turbo), serão completamente diferentes dos atuais.