Nesta 4.a feira à noite o Atlético mineiro tem a grande chance de escrever a página mais gloriosa de sua longa história, conquistando, pela primeira vez, a Copa Libertadores. E seria também a primeira vez de seu mais famoso jogador do atual elenco, aquele Ronaldinho que, após ter brilhado sobremaneira no Barcelona e, em parte, na seleção brasileira, não mais conseguiu se colocar no mesmo nível de eficiência. A ponto de ter sido deixado de lado por Scolari na formação da equipe que defenderá o Brasil na próxima Copa do Mundo.
O rendimento do Atlético depende – e muito – do que Ronaldinho consegue fazer em campo. Como se viu no jogo de ida em Asunción quando, com o “maestro” praticamente anulado pela defesa do Olimpia, o Atlético não andou e acabou sendo merecidamente derrotado pelo time da casa. Uma derrota por 2-0 que o Atlético deverá superar agora no Mineirão se quiser levantar a Taça.
Aliás a questão do estádio deverá ser bem trabalhada por Cuca e seus assessores, pois existe a mística de que no Independência qualquer adversário pode ser superado enquanto este mesmo sentimento não se faz presente no Mineirão. Se o time do Atlético – ou, quanto menos, seus jogadores mais influenciáveis – acreditarem nisso, terão pela frente uma dificuldade à mais para atingir seu objetivo. E o próprio Cuca ratificará sua imagem – injusta, em minha opinião – de técnico que fica sempre a um passo do triunfo, pois perde as decisões.
Tecnicamente o time do Atlético, se atingir o máximo do possível rendimento, parece-me superior ao do Olimpia, cuja experiência, porém, o deve por ao abrigo da previsível pressão da torcida mineira. E, num jogo eventualmente equilibrado, será bom não apostar tudo nos milagres do goleiro Victor, responsável direto da dramática eliminação do Tijuana em quartas de final e responsável também pela eliminação do bom Newelll´s na semifinal. Pois os milagres nem sempre se repetem…e um dia a casa cai.