O Atlético mineiro terá a chance, nesta quarta-feira, de demonstrar se a frase cunhada por sua torcida representa uma verdade absoluta ou apenas uma feliz coincidência com um ciclo interno vitorioso do time alvinegro. A frase, por sinal, só não foi para a cucuia antes graças a ao bom goleiro Victor que, no último minuto, defendeu um penal frente aos mexicanos do Tijuana. Sem o que o time de Ronaldinho teria já encerrado sua brilhante trajetória na atual Libertadores na fase de quartas de final.
Agora a tarefa é bem mais difícil, o adversário é o bom time do Newell’s que chega a BH com a consistente vantagem da vitória por 2-0 obtida no jogo de ida. E isto exigirá do Atlético uma apresentação superior às que ele tem feito ultimamente, a começar por seu maestro, aquele Ronaldinho que, à exemplo do Atlético, jamais venceu uma Libertadores e vislumbra agora essa mágica possibilidade, se conseguir chegar à final frente aos paraguaios do Olímpia.
Em condições normais, isto é Atlético e Newell’s se apresentando como o tem feito ultimamente, entendo haver uma leve vantagem dos argentinos, mas uma excepcional jornada do time mineiro, que é o único remanescente do lote de 6 clubes com que o Brasil começou esta Libertadores, certamente pode inverter este prognóstico.
De qualquer forma, seja qual for o desfecho deste jogo, destacadamente o mais importante, no panorama nacional, desde o término da Copa das Confederações, ele já traz um motivo para reflexão. Começar a Libertadores com 6 clubes e, por ora, ter apenas um representante nas semifinais, corresponde ao valor do futebol brasileiro em âmbito continental?