Poderia começar dizendo que meu prognóstico foi confirmado, pois o Brasil é finalista desta Copa das Confederações, mas devo admitir que o time nacional me decepcionou um pouco (aliás, bastante no primeiro tempo) enquanto o Uruguai superou minhas expectativas. Sobretudo em Cavani, que até então tinha jogado muito mal e que frente ao Brasil apresentou todas as qualidades que o tornaram um ídolo no Napoli e despertou a cobiça do Real Madrid, que oferece 50 milhões de euro para tê-lo em seu elenco (a cláusula de sua saída do Napoli, fixada em contrato, é de 63 milhões de euro).
De qualquer forma, ficou-me a idéia de que o Brasil, se o jogo tivesse ido para a prorrogação, teria ganho, pois o técnico Tabárez não tinha reservas tecnicamente à altura para os três titulares da frente, enquanto Scolari teve a possibilidade de lançar Bernard e Hernanes para revigorar o ataque brasileiro.
Quanto ao jogo em si, o jogador determinante, para a vitória brasileira, foi o goleiro Julio Cesar, pois a defesa do penal, cobrado por Forlán, impediu que a partida fosse para um desvio perigoso. Exatamente num momento em que o Brasil estava nervoso e, em desvantagem no marcador, certamente aumentaria esse nervosismo, sendo impossível prever o desfecho, que ficaria bem ao agrado e ao estilo do Uruguai.
Numa visão para o futuro imediato, entendo que Oscar, desgastado por estar jogando seguidamente (transferido ao Chelsea, não teve férias), deveria ceder seu lugar a Hernanes. Sem que isso represente uma renuncia ao jogador, que certamente poderá ser muito útil em função da Copa do Mundo. Pelo resto, é torcer para que o trabalho de Scolari continue dando certo…