A primeira definição que me ocorre para este GP da Grã Bretanha é “o GP dos pneus”. Pois os pneus foram os grandes protagonistas da corrida que – felizmente – não apresentou nenhum acidente com os pilotos envolvidos, a não ser a natural decepção dos que viram assim danificados todos ou boa parte de seus esforços. Como aconteceu, por exemplo, com Massa, que, após uma excepcional largada e um começo de corrida em que logo, partindo do 11º lugar, chegou ao 5º, viu-se obrigado a uma corrida de recuperação que, ainda assim, o premiou com um ótimo sexto lugar.
O mesmo pode-se dizer de Hamilton, que poderia perfeitamente ter vencido e assim mesmo conseguiu o quarto lugar.
Entre os que não tiveram problemas de estouro de pneus, devem ser colocados Rosberg, que acabou sendo o grande vencedor e Alonso, subindo ao pódio, após ter evitado por milagre um toque com Perez ainda na fase inicial da corrida. Um pódio que, unido ao sexto lugar de Massa parece inacreditável, face à inferioridade demonstrada pela Ferrari. Um carro que não tinha equilíbrio pois para dar-lhe uma incremento de velocidade máxima seus engenheiros diminuiram drasticamente o apoio aerodinâmico, com o resultado de entregar aos pilotos uma Ferrari que saia de frente na entrada de curva e, pior ainda, saia vistosamente de traseira ao sair da mesma curva, impedindo aos pilotos de acelerar a fundo antes de ter recolocado o carro em linha reta. Isto em função das novidades aerodinâmicas levadas a Silverstone não se terem revelado eficazes.
Finalmente cabe ressaltar o ocorrido a Vettel, que, após o problema de Hamilton, tinha assumido a liderança e construído o que parecia uma vitória tranquila e, de repente, foi traído pelo câmbio e ficou a pé. Este problema mecânico era esperado, pois é extremamente improvável que um piloto consiga fazer todo um campeonato sem sofrer um problema, e, dos primeiros colocados no campeonato, até agora Vettel era o único a nada ter sofrido…sua vez chegou em Silverstone.
Para o campeonato, em que pese a ainda confortável vantagem de Vettel sobre Alonso e Raikkonen, isto foi muito bom, mas se a Ferrari não conseguir melhorar o carro para a classificação, de forma a poder largar na frente, e a Lotus não conseguir incrementar seu desempenho, as chances de Alonso e Raikkonen lutar pelo título mundial continuarão bem reduzidas.