A segunda semifinal da Copa das Confederações apresentou, em minha opinião, uma grande surpresa. Eu acreditava que a seleção de Del Bosque, com seu toque de bola, pudesse envolver a Itália, como fizera frente ao Uruguai e provavelmente já decidir o jogo na fase inicial. Qual não foi minha surpresa ao ver, nessa fase inicial, a Itália dominar o jogo, por em cheque a defesa espanhola e criar uma série de oportunidades de gol que somente não tiveram exito positivo pela imprecisão nas finalizações. Foi, enfim, uma repetição do que se observara, ano passado, no primeiro jogo entre as duas seleções pela Eurocopa, com empate de 1-1 numa partida em que o time de Prandelli foi superior à Espanha.
No segundo tempo a Espanha conseguiu antes equilibrar o jogo e depois impor certo predomínio, mas a igualdade ao final dos 90 minutos foi justa. Como o foi a manutenção do 0-0 na prorrogação, que se iniciou com um chute de Giaccherini no poste direito, igualado no segundo tempo da prorrogação com uma finalização de Xavi, mal defendida por Buffon que mandou a bola chocar-se com o poste esquerdo. Chegamos assim à definição por penais, em que tivemos 13 cobranças perfeitas e uma errada, a do italiano Bonucci, que definiu a classificação da Espanha para a grande final de domingo em Maracanã.
Desse jogo ainda teremos tempo para falar, mas a primeira impressão que fica é que o desgaste deste jogo e o fato de ter um dia à menos para a recuperação física, acabam conferindo ao Brasil um certo favoritismo para esta decisão da Copa. Como, por outro lado, vejo o Uruguai favorito frente à Itália na decisão do terceiro lugar, em Salvador, no “ameno e bucólico” horário das 13 horas…