Brasil e Itália se classificaram para as semifinais da Copa das Confederações, ambas com vitória (respectivamente 2-0 sobre o México e 4-3 sobre o Japão) mas o fazendo de forma completamente diferente quanto ao futebol apresentado.
O Brasil mostrou um time em evolução, embora em minha opinião ainda longe do ideal sonhado por meios de comunicação e torcedores, enquanto a Itália jogou mal e não merecia ter ganho, um empate teria sido bem mais justo pelo que se viu em campo.
O time brasileiio teve em Neymar seu jogador de melhor rendimento mas mostrou que ainda pode (e deve) melhorar em alguns aspectos táticos, como, por exemplo, o entendimento entre Daniel Alves e Hulk na faixa direita. Coisa que, com o decorrer do tempo e dos treinos provavelmente acabará acontecendo. E colocando na cabeça de muita gente (não sei se na que decide, a de Scolari) que Jô talvez mereça começar um jogo em lugar de Fred, o atual titular tendo problemas físicos que reduzem seu rendimento.
Já na Itália, oposta a um time que se tinha recuperado do desgaste do jogo decisivo pelas eliminatórias do Mundial e da longa viagem, e que podia assim desfrutar de um melhor preparo físico, mostrou claras falhas. Sabia-se (só quem não segue de perto o futebol italiano podia pensar de forma diferente) que Zaccheroni faria marcar Pirlo bem mais de perto do que fizera seu colega mexicano. E, sobretudo, que a marcação na saida de bola da Itália seria intensa, bem como a luta pela posse do meio de campo. E quando, por volta da meia hora do segundo tempo, a Itália mostrou que o gás de vários de seus jogadores estava acabando, o Japão tomou conta do meio de campo e do jogo. Assim o time oriental empurrou a Itália para sua área, criou várias chances de gol e só não marcou o gol do eventual 4 a 3 (naquele momento o jogo estava empatado em 3-3) pois antes o poste e depois a trave impediram a bola de entrar, para desespero do técnico Zaccheroni que parecia não acreditar no que estava vendo. E aí aconteceu, num rápido contragolpe, o gol decisivo do pequenino Giovinco para dar a vitória à Itália.
Fácil agora prever que sábado o Brasil, que tem a vantagem do empate, vai garantir o primeiro lugar no grupo, evitando portanto de enfrentar a Espanha nas semifinais e deixando esta tarefa quase que impossivel à Itália. Abrindo então caminho para final que todos esperam, isto é Brasil x Espanha.