O GP da Espanha, 5ª prova do Mundial de F1, apresentou a vitória do melhor piloto da categoria, o espanhol Fernando Alonso, ajudado por uma Ferrari que, em ritmo de corrida, está no mesmo plano das rivais mais cotadas, a começar pela Red Bull. Em qualificação, pelo contrário, o carro de Maranello ainda não consegue desenvolver todo seu potencial, o que obrigou Alonso a largar num modesto 5º lugar e Massa (que tinha sido 6º a apenas 1 milésimo do espanhol) em 9º, por ter sido penalizado, no sábado mesmo, de três posições pelos comissários de corrida.
Assim mesmo Alonso venceu, passando pouco a pouco os que estavam à sua frente, até estabelecer, após o último pit-stop, uma confortável vantagem, que foi incrementando volta após volta até fixá-la num patamar inalcançável pelo 2º colocado, o finlandês Raikkonen que, com uma pilotagem firme e rentável, extraiu o máximo de sua muito bem equilibrada Lotus. Aliás esse equilíbrio da Lotus, que se expressa, entre outras coisas, por um menor desgaste de pneus, está colocando Raikkonen na luta pelo título, estando agora a apenas 4 pontos do ainda líder Vettel.
Um capítulo à parte merece o brasileiro Massa. Após ver-se privado de sua 6ª posição de largada não esmoreceu e ciente de suas possibilidades e do carro, mesmo largando em 9º lugar foi logo buscar melhor posicionamemnto, até oscilar entre 2º e 3º lugares. Colocação esta última que finalmente conseguiu e que lhe permitiu subir ao pódio, sem jamais dar a impressão que Vettel, em 4º lugar, pudesse ameaçar sua posição. Muito pelo contrário, revelando-se quase sempre mais veloz que o líder do campeonato, o que lhe permitiu deixar atrás de si as duas Red Bull (Webber foi 5º), feito muito importante se considerarmos que, no aspecto aerodinâmico, esse é o carro que melhor se adapta à pista de Montmeló.
Após essas cinco corridas, com apenas um quarto do campeonato já disputado, pode-se tranqüilamemnte afirmar que a luta pelo título se resume aos três pilotos que atualmente estão nesta classificação no Mundial: Vettel (89 pontos), Raikkonen (85) e Alonso (72). E como Alonso deixou de marcar pontos num GP e teve sérios problemas em outro, é normal esperar que problemas semelhantes, ao longo do campeonato, ocorram com os outros dois, pelo que a luta pelo título está totalmente aberta.
Do ponto de vista negativo, a Mercedes, que no sábado tinha feito pole (com Rosberg) e segundo lugar (com Hamilton), ratificou sua condição de desgaste extremamente rápido dos pneus no Gp, tendo que contentar-se com o 6º lugar final de Rosberg enquanto Hamilton sequer conseguiu marcar pontos. E a Mc Laren continua mostrando que seu projeto desta temporada nasceu mal, a ponto de ver Button (8º) e Perez (9º) lutando para fazer pontos.
Positiva, por fim, a atuação da Force India, que com Di Resta sétimo, mostrou a continuidade de seus progressos, lentos mas constantes, que, em poucos anos, a levaram do rol de equipe pequena a ameaça direta e objetiva às grandes.