Os últimos dias trouxeram três grandes surpresas e, a tiracolo, más arbitragens nestas oitavas de final da Libertadores que, pelo andar da carruagem, promete ainda muitas polêmicas e emoções.
Tudo começou na 3.a feira, no Pacaembu, com o Palmeiras enfrentando, com certo favoritismo, os mexicanos do Tijuana. Tendo empatado lá, num 0-0 que se deveu muito às excelentes defesas de Bruno, o alviverde podia racionalmente sonhar com uma vitória simples aqui. E esteve perto de marcar primeiro, com uma cobrança de falta defendida pelo travessão. Mas logo depois, uma falha clamorosa e infantil de Bruno, permitiu ao Tijuana abrir o marcador e desesperar o inexperiente e limitado time do Palmeiras, que se perdeu por completo e acabou eliminado. Paralelamente uma arbitragem complicada, dando ao alviverde um penal inexistente e depois negando-lhe um gol marcado corretamente, mas que – felizmente – não influiu no resultado final.
O mesmo não se pode dizer do jogo de 4.a feira, sempre em Pacaembu, quando o paraguaio Amarilla deixou (principalmente, pois ainda teve outros erros) de dar ao Corinthians um penalty, ainda no 0-0. A marcação do gol teria dado ao time alvinegro uma vantagem psicológica e prática enorme. E mesmo admitindo sofrer depois o empate, com o belo gol de Riquelme (lembrou-me muito o gol de Ronaldinho na Copa de 2002), a idéia de ter que fazer mais dois gols não teria sido tão negativa quanto a de sofrer primeiro o gol e saber que teria que marcar três. Agora cabe a Tite recuperar psicologicamente o elenco e prepara-lo para a disputa do título regional frente ao Santos, no domingo…mas esta é outra história.
Finalmente a terceira grande surpresa teve lugar, sempre 4.a feira, em Beunos Aires. O Velez, que tinha ganho por 1-0 o primeiro jogo em Rosario, recebia o Newell´s como favorito, eis que um simples empate lhe bastava para classificar-se. Mas em campo vimos um Newell’s (provavelmente o melhor time argentino do momento) antes dominar, e depois inquietar constantemente a defesa do Velez com velozes e bem armados contragolpes, marcar dois gols e perder uma grande quantidade de chances para fazer o terceiro. Numa das mais agudas, o árbitro apareceu dando um impedimento inexistente, e noutra ocasião ele não teve coragem de sacar o segundo cartão amarelo e assim expulsar um jogador do Velez. De qualquer forma, ganhando por 2-1, o Newell’s, em que pese a arbitragem, se classificou merecidamente.
E, por fim, devemos lembrar a eliminação do Gremio pelo Independiente Santa Fé que acreditou até o fim e aos 34′ da etapa final conseguiu o gol da classificação contra um time que claramente jogava com o regulamento na mão, visando manter o 0-0 com que tinha iniciado o jogo. Assim o Gremio se junta aos outros 3 brasileiros, reduzindo a presença nacional nesta Libertadores começada com nada menos que 6 equipes, a apenas duas : Atlético mineiro e Fluminense.