Nesta 4.a feira, o São Paulo vai a Belo Horizonte enfrentar aquele Atlético mineiro que o derrotou aqui em Morumby e que, no estádio Independência, tem tido ótimos resultados, a ponto de sua entusiasmada torcida considerar desde então líquida e certa a classificação do Galo para continuar na Libertadores.
De certa forma, ainda levando-se em consideração as contusões de alguns atacantes do tricolor, sobretudo Osvaldo, e o peso psicológico que a eliminação nos penais frente ao Corinthians acarretou, o prognóstico de um São Paulo eliminado é racional e faz sentido.
Mas ficou-me, particularmente, a impressão daquela brilhante meia hora inicial, no jogo de ida aqui no Morumby, em que o tricolor dominou completamente o Galo e poderia ter marcado, tivesse um centroavante eficiente, uns 3 gols, praticamente decidindo a eliminatória. Depois, com a expulsão de Lúcio, e pouco antes com as modificações defensivas introduzidas por Cuca, tudo mudou e o São Paulo acabou sendo derrotado.
A principal modificação tática introduzida pelo Ney Franco tinha sido a colocação, ora de Ganso ora de Jadson, entre a linha de 4 zagueiros e os marcadores de meio de campo do Atlético. E isto provocou uma confusão total na defesa mineira, até que, por volta dos 15 minutos, Cuca percebeu e chamou Richarlyson, que estava na lateral esquerda, para fechar no meio de campo, tentando marcar um dos dois meias do São Paulo. A coisa, embora não resolvesse de todo o problema, o amenizou bastante e permituiu ao Atlético respirar um pouco aliviado, até que a expulsão de Lucio modificasse totalmente a situação tática até então existente.
Agora será dificil repetir aquele esquema e não se sabe o que Ney Franco poderá inventar, mas parece-me claro que Cuca não vai ser apanhado desprevenido, ainda mais tendo o empate a seu favor. E, assim sendo, fica a pergunta : a tarefa do São Paulo é impossível? Resposta concreta só no fim do jogo.