No cassino de Mônaco, saiu a ficha de Rosberg, uma vitória com sabor de triunfo pois não foi obtida graças à tática de Ross Brown, que funcionou apenas até o pit-stop, já que depois Rosberg, perdido o fiel escudeiro Hamilton que lhe cobria as costas, teve que se virar sozinho. E o fez de forma excelente, conservando os pneus o máximo possível e mantendo sempre, exceto nas relargadas, quando teve que construir novamente sua vantagem, uma margem de segurança sobre Vettel.
A partir de agora, fica claro que a relação de forças na equipe Mercedes se modificou, pois Rosberg mostrou merecer a mesma consideração daquele Hamilton que tinha sido contratado para ser o número 1 do time. E será interessante ver como essa nova situação será administrada por Niki Lauda, responsável pela equipe Mercedes nas pistas.
Para Vettel, por outro lado, o domingo em Mônaco foi maravilhoso, pois aumentou sua vantagem sobre seus mais diretos perseguidores, já que Raikkonen só conseguiu conquistar o décimo lugar na volta derradeira, após ter sido atingido por Perez, enquanto Alonso ficou num anônimo sétimo lugar. Aliás uma das raras vezes em que o piloto espanhol recebe a bandeirada numa posição pior do que aquela em que largou.
Como Mônaco é uma prova fora do comum, não se pode dizer que a Mercedes finalmente conseguiu chegar ao topo, para isso será necessário andar na frente, ou, quanto menos, entre os primeiros, também no próximo GP, o do Canadá. Mas é, sem dúvida, um sinal encorajador para uma equipe, nos últimos anos, só tem anotado decepções.
Finalmente cabe lembrar o caso de Massa, que bateu, em dois dias seguidos, praticamente no mesmo lugar. No acidente de sábado eu fico em dúvida com relação a um possível problema técnico, já que, pouco antes do impacto, as rodas dianteiras de sua Ferrari não estavam em paralelo, o que indicaria a súbito aparecimento de uma anomalia. Já na corrida parece-me que a falha foi do piloto.