Quando se fala em Rover, pode-se voltar a 1888, ocasião em que apareceu o primeiro protótipo movido a eletricidade, fabricado pela Starley & Sutton de Coventry, uma fábrica de bicicletas fundada em 1878 e considerada a predecessora da Rover. Pois foi em 1904 que apareceu o primeiro carro levando esse nome. E depois até 1932, continuou com a produção de carros econômicos, sendo seguido, desde 1933-34, por carros médio-grandes. Mas aqui no Brasil a fama desta tradicional marca inglesa se deve a um veículo fora-de-estrada, o famoso Land Rover que surgiu em 1948, inspirado no Jeep Willys e equipado inicialmente com um motor 4 cilindros.
Desde o início, aliás, foi um sucesso: 250 mil unidades produzidas em 1959 e meio milhão em 1966. Ao fim da década de 60 o Land Rover era usado pela polícia e exército de mais de 70 nações e montado em 19 deles.
Com base nesta história de sucesso a Rover foi evoluindo, teve que enfrentar os problemas comuns a toda a indústria automobilística inglesa e hoje, com a sólida situação industrial no Grupo a que pertence, apresenta, aqui entre nós, produtos de alta qualidade e prestígio.
A linha Range Rover Evoque é um modelo com inspiração urbana mas que não teme o fora-de-estrada e tem como objetivo, por sinal já alcançado em outros países, de conquistar clientes que antes não tinham essa marca em seus desejos de compra.
Nós andamos na versão de tope da linha, o Range Evoque Prestige Tech Pack, que custa R$ 250 mil, sendo que o modelo de entrada fica em R$ 175 mil reais. Uma diferença bem elevada, mas justificada pelas diferenças existentes entre ambas.
Todos os modelos utilizam um motor turbo a gasolina de 2 litros que fornece 240 cavalos e um bom torque de 37 kgm a apenas 1.750 rpm. Isto significa que as retomadas de velocidade são fáceis, auxiliadas pelo excelente câmbio de 6 marchas, e isto é também muito apreciado no fora-de-estrada quando é necessário superar obstáculos de certo porte.
O excelente desempenho do motor se deve à sua arquitetura, com turbo, injeção direta de gasolina, duplo comando de válvulas no cabeçote e distribuição dupla variável, entre outras características. E o câmbio automático de 6 marchas tem relações corretas, com opção de mudanças sequenciais através das clássicas alavancas situadas atrás do volante. Uma curiosidade que o torna diferente da absoluta maioria dos outros veículos é o sistema de acionamento deste câmbio, que substituiu a tradicional alavanca por um botão situado no centro do console que, ao ser girado, proporciona a mudança de marcha e, com o carro parado, desce e fica ao nível do console. Isto aumenta o espaço disponível entre os bancos dianteiros.
Para os que se interessam também pela sua eventual utilização em fora-de-estrada vale lembrar que tem um ângulo de 25º/33º e, como é lógico, tração integral nas quatro rodas, além do sistema que adapta as configurações de tração, motor, suspensão e torque à configuração do terreno por onde trafega. O que, nas esburacadas ruas de São Paulo representa uma sensível vantagem.
Quanto ao acabamento, esta versão de tope é excelente, trazendo o pacote de acessórios mais completo. Desde as duas telas LCD independentes nos encostos dos bancos dianteiros (as crianças sentadas atrás ficam sossegadas em qualquer viagem), à tela de 8 polegadas que possibilita ao motorista o acesso a todas as funções do veículo e ao passageiro que senta a seu lado a visão de filmes ou programas de TV. Além de teto panorâmico, bancos com acionamento elétrico, ar condicionado automático e rodas de liga leve de 20 polegadas, entre tantos outros itens de luxo e conforto.
Em suma, um veículo extremamente agradável, tanto na cidade como fora dela…