Certamente a última coisa que Ney Franco e Tite desejariam neste momento seria ter que disputar domingo, em Morumby, a semifinal do Campeonato Paulista. Pois ambos vem, com seus times, de derrotas doídas e até certo ponto inesperadas na Libertadores e poderiam, não houvesse o Paulistão, aproveitar muito melhor esses dias recuperando psicologicamente seus jogadores.
A situação é mais grave para o São Paulo, que logo na 4.a feira vindoura terá que ir a Belo Horizonte, onde o Atlético tem no estádio Independência seu fortim, para tentar inverter uma situação que tinha começado a ser desenhada, na noite de 5.a feira, de forma entusiasmante mas que acabou se transformando numa decepção. Pelo que poderia ter sido, e não foi.
O São Paulo, com efeito, teve cerca de meia hora de total domínio do jogo e, tivesse em sua equipe um centroavante de alto nível, poderia ter definido de vez a eliminatória, tal o número de chances reais e concretas que foram desperdiçadas. Depois, com a expulsão de Lúcio, tudo mudou e o Atlético conseguiu virar o jogo. Até mesmo com direito – fato raríssimo – a um gol de cabeça de Ronaldinho!
Para o Corinthians a situação é um pouco melhor, pois o jogo de volta com o Boca, quando em Pacaembu terá que vencer por 2-0, vai ser na outra semana, coisa que torna o trabalho de Tite menos difícil. E lhe dá um tempo maior para trabalhar seu elenco.
De toda forma, a derrota no domingo – já que um dos dois times será forçosamente eliminado da final do Paulistão – será difícil de ser superada. Para o São Paulo aumentaria a pressão para um resultado positivo frente ao Atlético e para o Corinthians começaria a tomar vulto a idéia de que, nesta temporada, talvez seja dificil repetir o retumbante êxito do ano passado.
Em suma, este clássico São Paulo x Corinthians chegou mesmo em má hora…