Domingo Corinthians e Santos decidem, na Vila Belmiro, o título paulista desta temporada. Para o Santos a situação é até certo ponto tranquila, joga em casa e tem pela frente um placar adverso (1-2) que, ao menos em teoria, pode ser revertido através uma grande atuação de Neymar e seus companheiros.
Já a situação do Corinthians é completamente diferente. O time sofreu um baque psicológico enorme, ao ver cair por terra o sonho do bicampeonato da Libertadores, o maior título que um clube de nosso continente pode almejar. E agora tem pela frente a tarefa de ganhar o título regional, bem menos importante na comparação.
Fica então a dúvida: como os jogadores vão reagir, vão conseguir manter o foco ou, no subconsciente, estarão ainda lamentando a ocasião perdida e, a partir disso, não conseguirão ter a concentração necessária para enfrentar o novo desafio?
O trabalho psicológico que Tite deve ter desenvolvido e estar ainda desenvolvendo nestes momentos torna-se assim extremamente importante, até mesmo superior aos aspectos físico e tático da preparação do jogo de domingo. Aspectos que, sobretudo o tático, tem naturalmente sua importância mas que não vão funcionar a contento se a cabeça dos jogadores estiver focada em outra coisa. É esta a dúvida que eu tenho, e que se sobrepõe a qualquer outra consideração relativa à decisão do título paulista…