4-0 no Allianz Arena, 3-0 no Nou Camp e o Bayern conseguiu aquilo que, quando foram sorteadas as semifinais, poucos ousariam prever. Não apenas eliminou o Barcelona, o que era perfeitamente possível, mas o fez com duas goleadas, em jogos nos quais sua superioridade jamais foi posta em dúvida. E isto, sinceramente, causou certa surpresa.
Quando se viu que Messi iria assistir o jogo do banco de reservas, ficou claro que o milagre esperado pela entusiasmada torcida do Barcelona não aconteceria, embora pessoalmente entenda que mesmo com Messi em jornada de gala a virada teria sido extremamente improvável.
Os primeiros 20 minutos de jogo foram bem claros a este respeito: o Bayern impôs seu jogo, marcou a saida de bola do Barcelona, e mostrou uma superioridade indiscutivel. Depois preferiu resguardar-se, deixou o Barcelona atacar, mas sem jamais dar a impressão que poderia perder o rumo. E quando, no segundo tempo, Robben marcou seu gol, todo o castelo de vã esperanças construido pela torcida do Barça ruiu de vez. E daí para a frente, para os espanhois o jogo foi um pesadelo cada vez maior, até chegar a um final quase igual ao do jogo de ida.
Agora teremos, pela primeira vez na história da Champions League, uma final toda alemã, em que o Bayern se apresenta com certo favoritismo frente ao Borussia embora, num jogo único, tudo possa acontecer. E para o simpático Guardiola, que tomará as redeas do Bayern na próxima temporada, o desafio é tremendo: fazer este time jogar ainda melhor. Se o conseguir, vai passar para a história, como aquele Bayern dos anos 70, que tinha, entre tantos outros craques, um certo Beckenbauer…