Ao obter, de novo, a primeira fila do grid de largada de um GP, a Mercedes ganhou a grande chance de vencer o GP de Monaco, neste domingo, em que pese ter sabidamente um maior desgaste de pneus que os adversários, no caso as duas Red Bull, a Lotus de Raikkonen e a Ferrari de Alonso. Deste sexto, aliás, deverá sair o vencedor deste domingo, qualquer outro resultado será, em minha opinião, uma clamorosa surpresa.
A chance da Mercedes advém do fato de que em Monaco é extremamente difícil ultrapassar e, se quem está à frente decidir fechar a porta, torna-se praticamente impossível fazê-lo. A primeira imagem que me vem à memória, aliás, e o GP de 1992, com Mansell dominando amplamente, após ter largado na pole-position, e, em determinado momento, sendo obrigado a um pit-stop pelo furo de um pneu, o que possibilitou a Senna superá-lo. Voltando à pista, Mansell, cuja Williams-Renault era muito superior à McLaren-Honda, logo colou na traseira do brasileiro mas não conseguiu supera-lo e perdeu a corrida.
Com a tática de Ross Brown de fazer com que o piloto que sair à frente na primeira curva após a largada ser o indicado para a vitória, enquanto seu companheiro será encarregado de manter à distância todos os demais, somente nos pit-stops (um ou dois, não sei) esta situação poderia ser alterada. Mas este GP de Monaco não deixa de representar a grande chance da Mercedes ganhar um Gp nesta temporada.
Um comentário especial, por fim, para Massa. Pagará caro o erro cometido no primeiro treino deste sábado, quando, em minha opinião pelos pneus ainda frios não conseguiu evitar um tremendo choque contra o guard-rail, quase destruindo totalmente sua Ferrari. E os mecânicos não conseguiram repara-la a tempo de tomar parte no treino oficial, pelo que o brasileiro largará em último e terá que fazer uma grande corrida de recuperação para conseguir marcar algum ponto. O que é uma pena, pois Massa demonstrou, nos treinos de 5ª feira, de estar à vontade no circuito…