O GP de Bahrain tinha indicado, já nos treinos de sexta e sábado, que a luta pela vitória teria como protagonistas Vettel e Alonso, com Massa eventualmente em condições de completar o pódio. Isso em função do fato da Red Bull não ter encontrado problemas com os pneus médios e duros, enquanto não se sabe se Newey já conseguiu eliminar o mesmo problema quando seu carro é obrigado a usar pneus super-macios e macios. A resposta a esta dúvida, por sinal, deverá ocorer em breve. Do lado da Ferrari, os duros apresentavam melhor rendimento que os médios, tanto que Massa se classificou no sábado com os duros mas, de toda forma, nenhum dos dois tipos representava um problema.
Na corrida, após um início sensacional, com Vettel lutando com Alonso antes e Rosberg depois para enfim assumir a liderança, que não mais deixaria, a não ser nas fases de pit-stop, até o final, a luta ocorreu apenas nas posições subsequentes, tanto para a definição do pódio, que acabou premiando a Lotus, com seus dois carros em segundo e terceiro, como para a obtenção de pontos. E algumas coisas ficaram, em minha opinião, bem definidas.
Assim a Lotus mostrou que tem um carro competitivo, uma das virtudes sendo o reduzido desgaste dos pneus, enquanto a Force India, que teve em Di Resta um dos protagonistas da corrida, evidenciou seus lentos mas constantes progressos que a tornam hoje um rival incomodo para qualquer adversário. E Mercedes e McLaren, cada qual em sua posição, deixaram bem claro que não tem – hoje – um carro capaz de lutar pelo título, abrindo então uma curiosidade. O que seria melhor fazer : continuar a desenvolver os projetos atuais, ou se concentrar no projeto para 2014 quando muita coisas mudará, a começar pelo motor. Essa dúvida, naturalmemnte, não se coloca para Red Bull e Ferrari, que estão disputando o título e continuarão introduzindo novidades cada vez que isso for possível.
A Ferrari, aliás, merece um capítulo à parte. Neste GP, o último antes do início da fase européia, certamente gastou sua cota de falta de sorte do primeiro semestre. Os furos de pneus que atribularam a corrida de Massa e o não funcionamento correto da asa movel no carro de Alonso (fato jamais acontecido numa Ferrari nos últimos 3 anos) são outros tantos motivos para querer virar esta página o mais rapidamente possível. Até mesmo pelo fato de Vettel ter assim conseguido estabelecer uma confortável vantagem na classificação do campeonato coisa que, em condições normais, não teria ocorrido. Aliás a conta é fácil : uma parada à mais (são cerca de 21 segundos perdidos) e o não funcionamento correto da asa movel em cerca de 50 voltas, com a conseqüenete perda média de 4 décimos por volta, formam um total de 41 segundos perdidos por Alonso. O que transformaria seu 8º lugar num confortável 2º. Aklém da possibilidade de, perseguindo de perto Vettel, obriga-lo a um maior desgaste de pneus e até mesmo a um erro.
Mas as corridas são bonitas exatamente pelos imprevistos que proporcionam e, neste sentindo, o GP da Bahrain foi muito divertido…menos para os torcedores de Maranello, é claro.
Vettel, por k.o. !
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