O jogo desta quarta feira frente ao Atlético mineiro pela Libertadores representa um momento decisivo para o que será a análise final desta temporada do São Paulo. Embora líder do Campeonato Paulista em sua fase preliminar, o tricolor joga todo seu futuro na Libertadores, que já agora se encontra, ainda na fase de grupos, numa situação extremamente delicada pois, além de ter pela frente o bom time do Atlético Mineiro ainda dependerá, para definir seu futuro, do que acontecer no jogo entre os argentinos do Arsenal e os bolivianos do The Strongest. Apenas para lembrar, uma eventual vitória do The Strongest tornaria absolutamente inútil um triunfo do São Paulo sobre o Atlético.
A eventual eliminação prévia do São Paulo da Libertadores não seria um fato inédito, pois já aconteceu na década de 80 e com um time tecnicamente superior ao atual, mas poderia provocar uma revolução no comando do elenco.
Não são poucos os que divergem da forma do técnico Ney Franco armar e conduzir a equipe, e a eliminação da Libertadores poderia representar a oportunidade de forçar sua saída. O que, em minha opinião, seria uma derrota bem mais grave, pois o projeto que tem em Ney Franco seu homem de ponta deve ter um prazo bem mais amplo para poder ser julgado de forma serena e racional. O São Paulo, em minha opinião, já errou bastante ao antes contratar e depois rapidamente demitir Renê Simões do comando de sua estrutura de base, evidenciando uma concessão política interna que não se coaduna com um projeto de futebol moderno, voltando para o futuro. Mandar embora agora Ney Franco, em caso de insucesso na Libertadores, significa apenas trocar o sofá da sala…não resolver o problema de base.