No desenvolvimento conjunto, em função do calendário, da Libertadores e da Champions League, Corinthians e Real Madrid foram os grandes protagonistas de ontem, enquanto hoje cabe ao São Paulo tentar safazer-se da delicada situação em que se meteu e Gremio e Fluminense se enfrentam num clássico nacional de dificil prognóstico.
O Corinthians não jogou bem, mas suportou o fator campo e – sobretudo – a ausência de seu artilheiro Guerrero, que Pato não conseguiu surprir, mostrando, uma vez mais (os exemplos dados no Milan eram bem esclarecedores a este respeito) que ele não é um centroavante terminal mas sim o segundo homem que surge em velocidade, muitas vezes fechando da lateral para o miolo. Sem seu esquema favorito, o alvinegro encontrou dificuldades, teve o travessão a salva-lo de um gol certo mas, felizmente, acabou tendo no eficiente Danilo o autor do gol providencial que lhe garantiu o visto para a fase seguinte da conpetição. Quando, claramente, será importante poder contar com um Guerrero 100% recuperado.
Enquanto isso na Europa o Real Madrid não tomou conhecimento do Galatasaray e o mandou de volta com um sonoro 3-0 que tem o claro gosto da eliminação direta. Muitos críticos se surpreenderam – e criticaram – especialmente por estas bandas, da coragem do técnico turco Terim de enfrentar o Madrid de igual para igual. Conhecendo o inteligente Terim, que treinou, entre outros, minha Fiorentina, eu tenho uma explicação bem diferente. Os dirigentes turcos estavam acreditando que seu Galatasaray tivesse atingido uma dimensão técnica capaz de leva-lo a enfrentar, de igual para igual, qualquer outro time europeu. E Terim escolheu a forma mais simples de mostrar-lhes que, se é esse o projeto, ainda necessitará de tempo e muito dinheiro para alcançar o objetivo.