O Palmeiras, num jogo que para os que não torcem para o alviverde foi até agradável, face ao bom desempenho do modesto time do Mirassol, que luta para não ser rebaixado, conseguiu sofrer uma goleada histórica, que será lembrada por muito tempo.
Pode-se dizer que foi uma noite negra, em que nada deu certo, desde a súbita indisposição do zagueiro Maurício Ramos que forçou a insperada estréia do garoto Marcos Vinícius. E o clamoroso gol contra que ele marcou, com apenas 35 segundos de jogo, prenuncio de uma derrota catastrófica. Uma derrota que se materializou ainda na fase inicial, em que o placar final foi construido.
O jogo, após a correria inicial do Mirassol, atleticamente muito superior ao Palmeiras, parecia ter re-encontrado seu equilíbio, com o alviverde marcando dois gols, encurralando o time do interior e parecendo que, a qualquer momento, conseguiria empatar. Mas, de repente, num contra-ataque do Mirassol, uma feliz cobrança de falta permitiu ao time da casa fazer o quarto gol e aí, com o Palmeiras novamente perdido em campo, em três minutos sofreu mais dois gols, que encerraram a história. Já que a segunda fase só foi realizada por obrigação regulamentar, pois o jogo já tinha definido seu vencedor.
Na derrota do Palmeiras, algumas coisas chamaram a atenção. A desorganização tática, vendo-se, em algumas oportunidades, os dois zagueiros centrais subirem ao ataque ao mesmo tempo, enquanto nenhuma cobertura era estabelecida pelo meio de campo. A falta de mobilidade de quase todos os jogadores, pelo que quem estivesse de posse de bola não tinha opções de passe, contrariando, por exemplo, aquilo que o mesmo Palmeiras tinha feito, de forma brilhante, contra o Botafogo. E, por fim, a absoluta inferioridade atlética, pelo que muitas vezes no contra-golpe os avantes do Mirassol saiam atrás e chegavam na frente dos defensores do Palmeiras.
Enfim, fosse o Palmeiras uma atividade comercial, hoje exibiria a placa “fechado para balanço”…