O jogo desta 2.a feira em Londres frente à Russia permitiu ao Brasil fazer novas experiências e deve ter dado ao técnico Scolari elementos de sobra para reflexão. Isso independemente do empate em 1-1 que foi justo, em minha opinião, pelo que os dois times apresentaram, num jogo que teve momentos de bom futebol ao lado de outros em que o nível foi bem mais baixo.
A primeira reflexão é que Hulk, em que pese a total rejeição a seu nome aqui no Brasil, representa um jogador importante e sobretudo útil, por sua força física. Poderá ser titular ou não, dependendo da opinião de Scolari, mas, mesmo no banco, representará sempre uma válida opção, sobretudo no momento em que tiver que mudar um resultado, como foi o caso deste jogo frente à Russia.
A segunda observação é que Kaká merece novas oportunidades, já que se trata de um jogador que não está sempre em atividade pois o técnico Mourinho não o considera titular em seu Real Madrid. è claro que dificilmente veremos novamente o jogador exuberante e decisivo de sua melhor fase no Milan. Mas, à exemplo, de Hulk, pode ser útil.
FInalmente, fica Neymar. Na seleção o jogador não consegue ser tão determinante como nos seus melhores momentos do Santos, e não se vê quando isso poderá ocorrer. Mais do que isso, se um dia vai ocorrer. Embora torcida para isto não falte…
Fica a constatação que a dupla Scolari – Parreira foi chamada como bombeiros encarregados de salvar os envolvidos num incendio, no caso a seleção brasileira que tem, quase que como obrigação, vencer a Copa do Mundo do ano vindouro. Seu trabalho pode até mesmo ser discutido e contestado, já que, em termos de futebol, cada torcedor tem as próprias idéias, mas entendo que seja importante avaliar corretamente o trabalho do técnico e a qualidade dos jogadores à sua disposição. O técnico pode incidir em cerca de 20%, o resto é oriundo da categoria dos que entram em campo, a eles cabe jogar bem´para fazer feliz a torcida e resguardar o próprio nome. Pois uma seleção brasileira que não vença a Copa, trará imediato discredito não só ao técnico mas também aos jogadores.
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