O empate do Corinthians frente ao Bragantino, embora obtido no último instante do jogo, foi merecido e, mais do que isso, permitiu a todos – e certamente antes de mais nada ao técnico Tite – tirar interessantes deduções do que foi visto.
Inicialmente fica a constatação de que o Corinthians, atuando com todos seus titulares, tem um rendimento superior. Coisa que era mais ou menos intuitiva mas que foi claramente realçada em Bragança.
A seguir cabe entender que, pouco a pouco, Pato está alcançando seu melhor condicionamento e, quando o tiver atingido, certamente será titular. Embora aí eu entenda que o Corinthians, pelo elenco de que dispõe e a diversidade de competições que vai disputar, não deva fixar-se em 11 titulares mas ter 13 ou 14 titulares. A serem usados de acordo com sua condição física, de um lado, e com o esquema tático escolhido, de outro. Assim, por exemplo, num jogo fora de casa, contra um forte adversário, Jorge Henrique é hoje mais útil que Pato, pois com o ex-milanista o 4-3-3 é praticamente obrigatório, enquanto com Jorge Henrique esse mesmo 4-3-3 pode-se se transformar, ao longo do jogo, num 4-4-2 em que a atitude de marcação de Jorge Henrique será preciosa.
Outra constatação é que Guerrero não tem substituto à altura, que possa desempenhar as mesmas funções enquanto Renato Augusto é um homem de meio de campo (mais à frente ou menos, de acordo com o momento) extremamente interessante.
A partir disso, fica também a constatação – e aí se trata de uma opinião pessoal – de que, com o passar das semanas, o Corinthians está subindo de rendimento. E, neste conceito, usar o campeonato paulista como meio de continuar e depois concluir a pré-temporada, foi uma decisão bem acertada.