São Paulo e Gremio classificaram-se para a fase de grupos da Libertadores. E o fizeram de forma a receber importantes indicações com relação ao seu futuro.
O São Paulo foi um time ofensivo, na altura de La Paz abriu um incrível 3-0 sobre o modesto Bolivar, iniciado logo aos 2 minutos com um gol de Luis Fabiano, mas no segundo tempo sentiu o desgaste. E permitiu ao adversário uma reação, que para os bolivianos foi histórica, e levou o Bolivar à vitória de virada, por 4 a 3.
Este jogo trouxe dois importantes ensinamentos. O primeiro é que, em jogos disputados em altitude elevada, todos devem aprender a controlar o próprio fólego. E isto será testado logo mais, quando o São Paulo tiver que voltar a La Paz para enfrentar The Strongest, já na fase de grupos, em que terá ainda pela frente o Atlético mineiro e o Arsenal.
Ainda com relação ao São Paulo, ficou claro que, ao menos por ora, Jadson é o titular e Paulo Henrique Ganso seu reserva. O que não significa que esta relação não possa vir a ser invertida no futuro, mas nesse momento representa uma realidade técnica para mim indiscutível.
Já o caso do Gremio é bem diferente. O time é jovem, em alguns setores ainda em formação, e carece de reforços para ter o rendimento que o novo estádio justifica. Assim como está, Vanderlei Luxemburgo terá certamente muito trabalho para leva-lo à colocação que sua torcida exige.
Frente à LDU, que foi a campo para garantir o 0-0 mas sem, para isso, renunciar ao contra-golpe, apenas o recém contratado Vargas e o já conhecido Elano brilharam em sentido ofensivo, enquanto lá atrás a zaga revelou a costumeira firmeza. Mas o resto do time não os acompanhou e o resultado disso foi uma vitória por 1 a 0 arrancada com extrema dificuldade, levando a decisão à loteria dos penaltis.
Aí apareceu como anjo salvador o goleiro Marcelo Grohe que, ao defender com o pé a última cobrança da LDU, levou o Gremio à classificação. Mas isto não pode esconder os problemas que o elenco do Gremio tem e que seus dirigentes conhecem de sobejo.