Ao escolher o Bayern para sua volta ao futebol, Guardiola fez, em minha opinião, a escolha certa. Deixando der lado a parte financeira, que foi excelente (embora talvez o Chelsea teria aberto de vez seu cofre russo e chegado a cifras incríveis) o técnico espanhol tem pela frente 3 anos de trabalho relativamente tranqüilos.
Guardiola, com efeito, chega a um clube que precisa renovar seu elenco, que tem a dirigi-lo homens do futebol, como o presidente honorário Beckenbauer, o presidente Hoeness e o diretor Rummenigge, portanto capazes de dialogar com ele de forma serena e não, como aconteceria com o magnata russo do Chelsea, apenas pressiona-lo em busca de resultados quase que imediatos. Tem, além disso, um clube muito bem estruturado (e nesse ponto superior ao Chelsea), um ótimo estádio que garante grandes rendas de todo tipo, e uma torcida apaixonada mas realista. Capaz de entender que o de Guardiola será um trabalho a médio prazo e que só por mero acaso os resultados chegarão de imediato.
Com Guardiola trabalhará, como seu diretor de futebol, outro expoente da velha guarda do futebol alemão, Sammer, que constituiu, nos últimos tempos, uma excelente dupla com o atual técnico Heynches. Este, por sua vez, vai se aposentar e espera faze-lo completando vitoriosamente a ótima temporada que o Bayern está vivendo.
Escolhendo o Bayern, por outro lado Guardiola dá uma chance a seus detratores, que entendem seu sucesso no Barcelona ter sido fruto da disponibilidade de um excelente elenco, e não o contrário. Exibindo como prova o fato de Vilanova estar tendo o mesmo exito que teve seu predecessor. Assim, se fracassar no Bayern, eles se sentirão realizados.
Caso contrário, deverão de vez aceitar a realidade de estarmos frente a um técnico altamente capacitado.