Ao lançar recentemente a nova edição do Clio, a Renault teve como objetivo aumentar a faixa de mercado de seu produto de entrada. E, para isso, apostou no preço da versão de entrada (R$ 23.760), ampliando porém a oferta de opcionais que podem levar o carro até uns 32 mil reais se quisermos tudo o que a fábrica põe à disposição. No carro testado, por exemplo, além de todos os opcionais de fábrica, ainda tinhamos o kit Sport, composto por saias laterais, spoiler dianteiro e traseiro e mascara de farol de neblina integrada no pára-choque dianteiro.
Externamente a mudança maior ocorreu na frente, com novos faróis, pára-choques, capô e entradas de ar, enquanto na traseira chama a atenção o spoiler na parte final do teto, com integrado um brake-light. Internamente é novo o quadro de instrumentos, e, com o kit Estilo, pode-se inserir uma moldura colorida, a ser escolhida entre as cores branca, cinza ou vermelha, ao redor do rádio, das saidas de ar e do console central.
Mecânicamente foi aperfeiçoado o motor 1.0 16 válvulas com aumento da taxa de compressão (passou de 10:1 para 12:1) e conseqüentes alterações no desenho dos pistões, cuja saia agora é grafitada. Paralelamente em cada um dos cilindros foi instalado um injetor que joga um jato de óleo no fundo do pistão e adotada uma nova bomba de óleo (a mesma usada na Europa em vários modelos), além de troca das bielas por outras, mais resistentes. E foi dada atenção também para a partida a frio, que ganhou um bico injetor próprio, no corpo da borboleta. O todo foi naturalmente completado com uma nova centralina eletrônica, dotada de maior velocidade de processamento das informações e reprogramada para o novo motor.
Com essas modificações houve um pequeno aumento de potência, que passou de 76 para 77 cv (com álcool foi de 77 para 80 cv) a um regime menor (5.750 contra 6.000 rpm) e um aumento de torque. Agora são 10,1 kgm (10,5 quando usado álcool) contra 9,7 (10,2 kgm com álcool), sempre a 4.250 rpm.
Interessante lembrar também o alongamento das marchas, obtido com uma nova relação coroa/pinhão ( o câmbio manual de 5 marchas, de procedência chilena, é o mesmo), o que permite certa economia de combustivel e, ao mesmo tempo, reduz o nível de ruído.
Rodando o novo Clio não reserva surpresas, absorve com relativa facilidade as imperfeições das ruas de São Paulo, mantendo um razoavel nível de conforto sem, para isso, prejudicar sua estabilidade.
Numa análise conclusive, pode-se dizer que esta nova versão do Clio representa um passo à frente. Qual seja a extensão desse passo, como de hábito, será determinada pela resposta do mercado.
Clio busca aumentar suas vendas
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