O São Paulo venceu a Copa Sul-Americana e o fez com amplo mérito, mostrando um futebol superior a de seus adversários ao longo de toda a competição, inclusive na final frente ao Tigre. Infelizmente, o que se pode escrever no aspecto esportivo para por aí. Já que o jogo-returno da final, disputado em Morumby, teve apenas 45 minutos de jogo e saiu da esfera futebolistica para a policial. E, nesta altura, já é manchete em todos os meios de comunicação mundo afora.
Manchetes que podem variar, de acordo com as opiniões de cada um, mas que, de toda forma, podem ser negativas em relação à organização do certame, à sede do jogo e aos dirigentes continentais.
Aqui, em minha opinião, reside o problema. Um problema que requer uma ampla verificação para apontar os responsáveis extra-campo que acabaram por provocar um encerramento antecipado do jogo. Um fato que eu não lembro de ter visto em competição internacional alguma, e que deve ser amplamente esclarecido. Pois a “verdade” do São Paulo é uma, e a “verdade” do Tigre é diametralmente oposta. E, como é lógico, a verdade absoluta deve ser única.
A única coisa que não pode acontecer, pois daria lugar às mais diversas suposições, cada qual puxando a brasa para a própria sardinha, é deixar o tempo passar, sem nenhuma busca da verdade, confiando em que o tempo faça esquecer tudo.
Essa seria a falência moral do futebol sul-americano…