Como faz freqüentemente, o administrador do Milan, Adriano Galliani, está no Brasil para um período de férias. Mas, desta feita, as férias se misturam ao trabalho. E se trata de um trabalho nada facil : vender Pato e Robinho, tentando obter o máximo possível pela cessão dos dois jogadores. Jogadores que, voltando ao futebol brasileiro, talvez fiquem mais perto da seleção que irá disputar a Copa.
Pelo que se sabe, por Pato o Milan pede 15 milhões de euro e por Robinho 10, um total de 25 milhões (cerca de 70 milhões de reais) que seriam depois re-investidos em jogadores de porte técnico parecido, mas de menores pretensões salariais. O que permitiria ao Milan melhorar sua situação financeira, pois a economia em termos de ordenados seria sensível. E seriam, pelo menos em relação a Robinho (que tem 28 anos) jogadores mais jovens, em busca de um lugar ao sol num dos “grandes” do futebol italiano e portanto em condições de aceitar uma menor remuneração, já que estariam fazendo uma aposta no próprio futuro.
Galliani tem, em seu curriculum, uma série de excelentes negócios. Basta lembrar que, em agosto, tinha concluido a venda de Pato aos franceses do PSG por nada menos que 28 milhões de euro. O que, para um jogador que tem reduzido (para não dizer nenhum) mercado na Europa, representava um negócio da China.
Negócio que não se concretizou pois, à última hora, Silvio Berlusconi, o dono do Milan, pôs seu veto.
Agora o patrão parece ter mudado de idéia, aceita vender os dois brasileiros, e Galliani está buscando todas as saidas possíveis para concretizer o negócio. Se conseguir fecha-lo, nos níveis economicos pretendidos pelo Milan, fará certamente jús a uma estátua no centro técnico do Milan, em Milanello.