Ao apresentar algumas de suas novidades para 2013, a VW deu enfase total ao Fusca, que vem substituir o New Beetle, produzido na mesma fábrica mexicana de Puebla de 1998 a 2010 e com boas vendas aqui entre nós. Mas essas boas vendas (boas em termos, evidentemente, pois trata-se de um nicho de mercado) acabaram tornando-se quase que uma exclusividade do sexo feminino. E a VW quis mudar isso, buscando, como deixou claro na apresentação à imprensa especializada, uma “masculinização” do carro, que recebeu o nome de Fusca (mas poderia perfeitamente ser chamado de New Beetle II) e apresenta um apelo esportivo que o modelo precedente não tinha.
Assim a parte de vidro, acima da linha de cintura, ficou reduzida, a posição de dirigir é mais baixa e o painel está bem mais próximo do motorista. O carro tem vagas semelhanças com o Porsche 911 e o Audi TT, e, em seu todo, o design agrada, apresentando-se como uma opção para quem deseja algo esportivo numa faixa de preço que não supere os 100 mil reais. Este Fusca, com efeito, tem um preço da versão inicial fixado em 76.600 reais e o top, como todos os opciconais, sai por 95.815 reais.
Rodando com o Fusca, percebe-se logo que os 200 cv anunciados estão todos lá, no motor 2.0 turbo (o mesmo de outros modelos VW, por sinal), com prontas respostas às solicitações do acelerador. E o bom torque de 28,5 kgm reforça a impressão de potência disponível e fornece ao conjunto uma agradável elasticidade, praticamente em todas as faixas de utilização. A estabilidade é muito boa, conferindo um agradável sentido de segurança aos motoristas menos experientes, enquanto a direção é precisa, sem ser pesada, e o sistema de freios atua a contento, tanto em situações normais como em emergências. Todas coisas, no fundo, esperadas já que ele é oriundo do Golf, um carro de claro sucesso no mundo todo.
O acabamento é bom, os bancos dianteiros confortáveis, segurando o corpo nas curvas, e a habitabilidade é para 4 pessoas, embora o conceito 2+2 esteja bem presente na concepção do veículo.
Naturalmente, como todo carro com pretensões esportivas, em São Paulo, cujas ruas parecem especialmente preparadas para testes “off-road”, ele irá penar um pouco…
A “masculinização” do Fusca
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