O GP do Brasil foi o digno desfecho do campeonato mais apaixonante jamais vivido pela Fórmula 1, e isto em função da chuva que tornou a corrida um espetáculo à parte, já que, a qualquer momento, poderia ocorrer uma total reviravolta. Isso começou na largada, quando Vettel foi tocado por Senna, ficou sem um pedaço da lateral direita e, mais do que isso, só por milagre não foi atingido por um dos vários carros que o seguiam. O que teria significado sua prematura eliminação e o adeus ao sonhos do tri-campeonato.
Durante as 71 voltas, com a chuva que ia e vinha, e no fim se tornou até bem forte, outros acidentes se sucederam, como o que tirou de Hamilton uma provável vitória, alijado que foi da pista sem ter a menor culpa no acidente. E assim chegou-se ao fim com um pódio inédito, composto por Button, Alonso e Massa, enquanto Vettel, com seu sexto lugar, festejou – e muito – o tri-campeonato. Um triunfo anunciado tempos atrás, mas que, exatamente na hora da consagração, quase lhe voltou as costas.
Numa análise do que foi este campeonato vale dizer que a Red Bull, uma vez mais, foi o melhor carro, seguido bem de perto pela McLaren, enquanto a Ferrari, pagando por um início desastroso, conseguiu melhorar muito, sem porém nunca chegar a lutar em igualdade de condições com suas duas grandes rivais.
Quanto aos pilotos, o destaque total fica com Alonso, mas outros, como Hamilton e Vettel, pela ordem, também se destacaram bastante, o mesmo valendo para Raikkonen, cuja volta à F1 foi superior às expectativas, seu terceiro lugar final no campeonato, com uma Lotus que foi a quarta força do campeonato, devendo ser considerada extremamente positiva.
Em relação aos brasileiros, Senna teve uma temporada linear, sem os altos e baixos de seu companheiro de equipe Maldonado, enquanto Massa merece ter sua atuação dividida em duas partes. Uma primeira em que jamais se encontrou, a ponto de muitos levantarem dúvidas quanto à sua permanência na Ferrari, e uma segunda em que revimos o brilhante piloto que em 2008 teria sido campeão mundial, não fossem os erros de box da equipe.
Isto tudo deixa prever um 2013 em que, se a Ferrari conseguir fazer um carro tão competitivo quando o da concorrência, Massa poderá voltar a brilhar intensamente.
Um GP emocionante
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